O líder do Podemos na Câmara, o deputado federal Léo Moraes (RO), disse concordar com a redução salarial dos parlamentares proposta pelo presidente Jair Bolsonaro como contrapartida para manutenção do valor de R$ 600 do auxílio emergencial.
Ontem (9), o Palácio do Planalto confirmou a intenção em reduzir a parcela para R$ 300. “Desde o início do coronavírus, defendo a redução do salário dos parlamentares.
Ninguém obrigou ninguém a sair candidato, e todos devem dar sua cota de sacrifício.
Como não houve consenso nesse sentido, enviei ofício, em março, ao presidente Rodrigo Maia comunicando minha decisão de devolver 50% da cota parlamentar e mais 50% do meu subsídio”, disse Léo Moraes.
Diante dos entraves burocráticos à devolução salarial, o deputado passou a doar metade do salário.
Em abril, o repasse foi feito ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia - IFRO, para confecção de máscaras faciais.
Fundos Públicos Além da redução salarial, Léo Moraes defende o uso dos recursos dos fundos públicos infraconstitucionais para manutenção do auxílio emergencial, que custa, mensalmente, R$ 40 bilhões para o governo federal.
Em maio, em ofício dirigido ao ministro da Economia, Paulo Guedes, o líder do Podemos foi o primeiro parlamentar apresentar a proposta à equipe econômica. “Se somarmos a redução salarial com os R$ 220 bilhões que estão nos fundos públicos, teremos capacidade para manter os R$ 600 do auxílio emergencial, enquanto for necessário manter o isolamento para salvar vidas”, aponta Léo Moraes.
Em 2019, o governo encaminhou ao Congresso a Pec dos Fundos Públicos, que estabelece a extinção de uma série de fundos e direciona esses recursos para pagamento de juros da dívida pública.
De acordo com o próprio governo, existem aproximadamente 281 fundos públicos federais que poderiam ser extintos e que gerariam um caixa de R$ 220 bilhões.