Por Luciano Siqueira, especial para o blog Não deve ser a única referência em nossas análises prospectivas em torno do Brasil pós-pandemia.

Mas a fonte é considerável: o Banco Mundial.

A previsão é de num futuro bem próximo a atividade econômica em nosso país recue 8% em 2020.

A se confirmar, será a pior retração econômica em 120 anos, menciona matéria no jornal O Globo.

O cálculo é possível a partir de dados do IBGE a propósito da evolução do nosso Produto Interno Bruto (PIB).

Há que se perguntar como a equipe do ministro Paulo Guedes recebe essa avaliação.

Com ouvidos de mercador – ou, melhor dizendo, de banqueiro.

Para Guedes e seu grupo operativo nada deve ser considerado além de um rígido controle das contas públicas.

Transpor essa linha divisória seria pecado mortal.

Sequer os impressiona a previsão de que a economia global sofrerá uma retração de 5,2% neste ano.

Também não os sensibiliza a necessidade de investimento estatais para lastrear atividades industriais essenciais e dinamizadoras, assim como o apoio ao oceano de micro, pequenas e médios empreendimentos que empregam cerca de 40% de nossa mão de obra e respondem, em média, por 27% do PIB (se minha memória não estiver falhando).

O fato é que no ambiente do governo do senhor Jair Bolsonaro e da economia sob o comando de Paulo Guedes e seus Chicago boys, o horizonte brasileiro se mostra inapelavelmente borrado.

Salvo se movimento oposicionista que se amplia lograr êxito.