Por Manoel Fernandes, diretor BITES, em artigo enviado ao blog A pandemia do Coronavírus está permitindo ao presidente Jair Bolsonaro extrapolar a sua capacidade histórica, considerando os dados da campanha de 2018 e do início do governo, em angariar interações nos seus posts nas redes sociais.

Mesmo sob ataque de várias frentes, os seguidores do presidente montaram várias trincheiras virtuais capazes de conter até aqui o avanço dos adversários sem perder a capacidade de amplificar as mensagens de Bolsonaro.

Entre 01 de junho e 31 de dezembro de 2018, Jair Bolsonaro fez 8.739 posts nos seus perfis oficiais no Twitter, Facebook e Instagram e alcançou 1.084.412.178 interações (curtidas, comentários, compartilhamentos e retuítes).

De 01 de janeiro de 2019 até hoje às 20h, o presidente da República havia produzido 8.325 posts e registrado 1.049.980.636 interações.

Nos dois intervalos, milhões de brasileiros com acesso à Internet foram impactados pelo conteúdo compartilhado, comentado ou curtido das contas do presidente sem o entendimento por parte da oposição desse fenômeno.

Na campanha foram os eleitores e agora a atenção está nos seguidores e aliados nas redes sociais.

Bolsonaro precisa manter a base unida e energizada.

A polarização é o oxigênio bolsonarista.

Na pandemia do Coronavírus, modelo entrou em uma nova escala.

Na trajetória de candidato a presidente do Brasil, Bolsonaro obteve um recorde em interações em um único em dia em 15 de março passado quando chegou ao patamar de de 13,9 milhões de interações em seus posts.

Nos 100 posts com melhor taxa de envolvimento da base e propagação desde a campanha eleitoral, 13 ocorreram durante a crise do Covid-19.

Há mais de dois anos, a rede bolsonarista está treinando, aprendendo com os erros, tentando descobrir os seus limites e o presidente da República tem trabalhado intensamente nos seus posts para manter a tropa unida.