O presidente Jair Bolsonaro participou mais uma vez, neste domingo (31), de uma manifestação de apoiadores do seu governo no centro de Brasília.
Os manifestantes se concentraram na área em frente ao Palácio do Planalto, sede do Poder Executivo.
Também houve uma carreata que percorreu a Esplanada dos Ministérios.
Antes de caminhar perto da multidão, o presidente sobrevoou, de helicóptero, a região da Esplanada e da Praça dos Três Poderes, de onde acenou para as pessoas.
Um trecho desse momento foi transmitido ao vivo pela página de Facebook oficial de Bolsonaro.
Após o pouso da aeronave, o presidente caminhou pela via em frente ao Palácio do Planalto e cumprimentou os apoiadores.
Em um determinado momento, Bolsonaro montou em um cavalo da Polícia Militar do Distrito Federal, acenando para os apoiadores.
Em seguida, retornou para o Palácio do Planalto, de onde embarcou novamente no helicóptero para retornar ao Palácio do Alvorada, residência oficial.
O presidente e boa parte dos manifestantes não usavam máscara, obrigatória em locais públicos do DF.
A multa pelo descumprimento da norma pode chegar a R$ 2 mil.
Vestindo roupas verdes e amarelas, parte dos manifestantes protestou contra o Supremo Tribunal Federal (STF), com faixas e cartazes contendo dizeres como “Abaixo a ditadura do STF” e pedidos de intervenção militar na Corte.
Uma operação autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, cumpriu, na semana passada, mandados de busca e apreensão contra pessoas investigadas por disseminação ilegal de notícias falsas.
Em entrevista no dia seguinte ao da operação, o presidente Jair Bolsonaro disse que a ação foi uma forma de censurar as mídias sociais. [] Ontem (30), o presidente foi de helicóptero para a cidade de Abadiânia (GO), a cerca de 120 quilômetros de Brasília.
Ele estava acompanhado do deputado federal Major Vitor Hugo (PSL-GO), líder do governo na Câmara, do ministro Tarcísio Freitas (Infraestrutura) e por um dos seus filhos, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).
Na cidade goiana, o presidente parou em uma lanchonete e cumprimentou populares.
Com informações da Agência Brasil Ato na Paulista tem confronto entre grupos pró e contra Bolsonaro e bombas A avenida Paulista transformou-se em palco de um confronto entre apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e participantes de um ato organizado por torcidas organizadas de futebol, entre elas a do Corinthians e do Palmeiras, que criticavam o presidente e pediam a defesa da democracia.
Os torcedores chegaram por volta das 12h.
Cerca de uma hora depois, teve início as primeiras provocações com a chegada dos apoiadores de Bolsonaro.
Por volta das 13h30, houve uma confusão e a Polícia Militar tratou de tentar dispersar, usando ao menos quatro bombas de gás e mais spray de pimenta.
O clima chegou a se acalmar, mas novo confronto teve início cerca de 30 minutos depois com novas bombas, enquanto os manifestantes disparavam rojões e lançavam garrafas.
A partir daí, os dois lados ficaram separados com a polícia tentando conter os dois lados.
Ao menos um fotógrafo da agência de notícias EFE ficou ferido.
A emissora Globo News informou que três pessoas foram detidas, mas a PM não confirma.
Em entrevista à Globo News, o secretário-executivo da Polícia Militar de São Paulo, coronel Álvaro Batista Camilo, afirmou que a medida foi tomada para “garantir a ordem”. “Pessoas começam a jogar pedra contra polícia.
Polícia não vai agir primeiramente, não vai confrontar sem necessidade, está lá para garantir ordem”, explicou.
Segundo ele, as imagens dos confrontos serão analisadas para determinar os responsáveis.
Por conta da confusão, a estação de metrô Trianon/Masp, da linha 2-Verde, foi fechada por volta das 15h30, e duas das entradas de acesso à estação Consolação também foram bloqueadas.
União de torcidas e primeiro confronto O protesto das torcidas uniu corintianos e palmeirenses, e começou por volta das 12h.
Eles estavam no vão livre do Masp.
Por volta das 13h30, a polícia separou o início de uma confusão entre dois manifestantes ao lado da estação Trianon Masp, do lado da avenida onde estavam os manifestantes bolsonaristas.
A PM soltou bombas de efeito moral e spray de pimenta para separar a confusão.
Os dois grupos foram separados com cordões de isolamento, com a distância de um quarteirão para cada uma das manifestações.
Os bolsonaristas, vestidos de verde e amarelo, até o início da tarde em número menor, estavam próximos à sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e os grupos chamados “pró-democracia”, vestidos de preto, estavam em frente ao Masp (Museu de Arte de São Paulo).
Instantes depois, uma mãe com uma criança pediu a manifestantes das torcidas organizadas que não caíssem em provocação de manifestantes bolsonaristas.
Calmaria e nova confusão Por volta das 14h, quando parte dos manifestantes já havia se dispersado dos dois lados, um pequeno grupo de apoiadores de Bolsonaro com camisetas da seleção passou pela manifestação contrária ao presidente, dando início a uma confusão.
A tensão cresceu e, enquanto rojões e garrafas começaram a ser atirados na direção dos policiais, eles revidavam com bombas de gás e efeito moral, além de tiros de bala de borracha.
A Tropa de Choque começou a lançar bombas em direção aos manifestantes das torcidas organizadas e a polícia seguiu empurrando os manifestantes contra Bolsonaro em direção à rua da Consolação, no final da Paulista.
Por volta das 15h, a polícia seguia tentando dispersar os manifestantes contra o presidente, lançando bombas de gás e efeito moral.
Manifestantes revidavam com pedras e rojões e se recusavam a deixar o local — um artefato explosivo caseiro em direção à PM.
Os grupos faziam barricadas com grades e fogo.
Bancas de jornal e lojas foram depredadas pelo caminho.
Segundo imagens da CNN, o ato pró-Bolsonaro continuou acontecendo com tranquilidade.
Esses manifestantes não foram dispersados pelos policiais, que formaram um cordão de contenção para apoiadores do presidente.
Nesse grupo, havia uma faixa chamando o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), de genocida.
PM analisará imagens Em entrevista ao canal GloboNews, o secretário-executivo da Polícia Militar de São Paulo, coronel Álvaro Batista Camilo, afirmou que foi preciso usar bombas de gás para dispersar manifestantes depois que um grupo começou a atirar pedras.
Ele não soube informar se esse grupo estava do lado dos manifestantes favoráveis ou contrários ao governo Bolsonaro. “A polícia estava lá para garantir a ordem e precisou agir para evitar o confronto entre os dois grupos, o que poderia gerar um problema maior”, afirmou.
Camilo disse também que a PM vai analisar as imagens do protesto para identificar as pessoas que causaram o tumulto. “Não interessa o lado, aqueles que quebrarem ordem pública responderão perante a Justiça.
Todas essas imagens estão sendo acompanhadas para que possamos responsabilizar essas pessoas no futuro”.
Com informações do UOL