Por Luciano Siqueira, em artigo enviado ao blog A imagem de um país no concerto mundial tem importância diplomática e econômica.

No mundo globalizado dos nossos dias, vários são os fóruns institucionalizados nos quais nações respeitáveis têm acento e oportunidade de expor seus pontos de vista.

E de influir no curso dos acontecimentos.

Importa a um país como o Brasil a acolhida internacional, pelo seu peso geopolítico, pela dimensão do seu mercado e pela credibilidade de sua diplomacia.

Entretanto, quase tudo o que fomos capazes de construir, nesse sentido, como nação soberana e respeitada, vem sendo destruído pelo governo Bolsonaro.

Pesam especialmente o alinhamento subserviente e automático com os EUA e o modo desastroso como se tem enfrentado a pandemia do coronavírus e suas implicações econômicas e sociais.

Registram-se referências extremamente negativas em veículos de diferentes colorações ideológicas e de importante influência em seus países.

O Brasil é tido como um país que nega os riscos da pandemia.

O francês Le Monde é incisivo ao caracterizar o presidente Jair Bolsonaro como um governante que ‘provoca a catástrofe’ e ‘semeia a morte’.

A revista alemã Der Spiegel avalia que o presidente ‘perdeu a realidade’.

O americano Washington Post menciona que Bolsonaro tem repetidamente tentado enfraquecer os esforços tomados pelos 27 governadores para conter a epidemia.

Nessa mesma linha, vários outros órgãos de comunicação se referem ao Brasil.

O grave é que esse juízo de valor corresponde precisamente à nossa realidade.

O drama brasileiro repercute – e nos enfraquece.