O deputado Professor Paulo Dutra (PSB) escreveu um artigo para rebater o artigo do deputado Antonio Coelho publicado hoje no blog. ‘Gestão do PSB abandonou o Recife, e a cidade parou no tempo’, diz Antonio Coelho O Recife quer mais futuro, não voltar ao passado Por Paulo Dutra, deputado Estadual pelo PSB Recentemente, li neste Blog de Jamildo um artigo assinado pelo excelentíssimo deputado estadual Antônio Coelho, alegando que o ex-ministro da Educação do governo Michel Temer, Mendonça Filho, representa “esperança” em um “novo caminho” para o Recife.

Ora, só o fato do jovem deputado ser um recém-chegado ao Recife, já que saiu de Petrolina para estudar em São Paulo e no exterior, pode justificar essa conclusão.

Claramente o deputado não tem conhecimento de que foi exatamente sob a gestão do PSB que o Recife e Pernambuco voltaram a exercer e continuam exercendo sua posição de liderança no Nordeste.

Foi no período que o jovem deputado classifica como de “relativa estagnação” que o Recife viveu seu maior ciclo de desenvolvimento, com capacidade de incluir pessoas em situação de vulnerabilidade, combater desigualdades e projetar um futuro mais sustentável.

Nesse período, o Recife testemunhou a maior obra viária dos últimos 40 anos, a Via Mangue, o Hospital da Mulher do Recife, o primeiro grande hospital construído na história da Prefeitura, três Compaz, equipamentos premiados e referência nacional em política de segurança por meio da promoção da cidadania que ficam localizados nas comunidades mais carentes da cidade.

Não é porque o deputado não estava aqui para testemunhar, que o povo do Recife não foi beneficiado por todas essas obras.

Foi na ausência do deputado que a saúde pública do Recife viu, além da abertura do Hospital da Mulher, a expansão do Programa de Saúde da Família, com a construção de 14 Upinhas e a obra do Hospital Eduardo Campos da Pessoa Idosa.

A educação do Recife foi a que mais cresceu no último IDEB, com robótica e laboratórios de última geração.

O turismo quebrou recorde de voos e visitantes na cidade, com novos museus abertos como o Paço do Frevo, o Cais do Sertão, nova orla de Boa Viagem e ampliação do Circuito da Poesia.

O centro da cidade viveu o processo histórico de reordenamento do entorno do Mercado de São José, com respeito à história, aos comerciantes informais e aos recifenses que frequentam o centro.

A Nova Conde da Boa Vista está mudando o patamar de intervenções e obras públicas da cidade, a Avenida Mário Melo ganhou uma ciclovia, batizada de Jornalista Graça Araújo.

Essa ciclovia, aliás, faz parte da maior expansão de rede cicloviária da história da cidade, saindo de 24 km, em 2012, para 125,5 km, hoje.

A inversão de prioridades no trânsito abriu 36 km de Faixas Azuis, exclusivas para ônibus nas principais avenidas da cidade, beneficiando por dia mais de 700 mil pessoas.

Deve bem saber o deputado que a imensa maioria das pessoas da cidade se locomove pelo transporte coletivo.

O Recife não se ressente do desenvolvimento e de boas ações em cidades irmãs no Nordeste.

Que bom que seus cidadãos estão recebendo melhorias.

Porém, o caminho do desenvolvimento do Recife está claro e olhando para o futuro.

Esse caminho passa longe de, como quer o deputado, uma volta ao passado que o deputado não viveu no Recife.

Esse caminho também não passa por um alinhamento automático com o que vemos hoje em Brasília.

Perseguição política com o Nordeste, destruição dos direitos dos trabalhadores e aposentados brasileiros e descaso com os mais pobres.

Isso sem falar num cenário de completa inoperância, irresponsabilidade e desrespeito com as dezenas de milhares de vidas brasileiras perdidas durante a maior crise sanitária da história recente do mundo, suspeitas de interferência política em órgãos de estado e ameaças sistêmicas às instituições e à democracia.

O Recife é democrático, plural, popular e sabe o caminho que quer para si.