Nesta segunda-feira, o líder da bancada de oposição na capital pernambucana, o vereador Renato Antunes (PSC), criticou a Prefeitura do Recife, pelo que chamou de perseguição ao procurador Cristiano Pimentel, do Ministério Público de Contas (MPCO).
De acordo com Renato, o promotor vem sofrendo ataques após apurar possíveis irregularidades na venda de 500 respiradores para a Prefeitura do Recife, por parte da microempresária Juvanete Barreto Freire. “O procurador realizou um trabalho de investigação competente visando a apuração dos fatos.
Ele foi a fundo no seu trabalho. É lamentável a forma como a gestão trata quem fiscaliza ou questiona as suas ações”, afirmou, na reunião ordinária da Câmara do Recife, desta segunda-feira (25), ocorrida de forma remota, por videoconferência.
Antunes defendeu o trabalho desenvolvido por Cristiano Pimentel e disse que a nota que a Prefeitura do Recife emitiu sobre a situação demonstra uma falta de respeito com um servidor público de carreira com diversos serviços prestados ao povo pernambucano. “Chega ser inaceitável colocar a culpa do cancelamento do contrato nos ombros do procurador Cristiano Pimentel.
Ele vem sofrendo ataques, o que parece ser algo constante quando alguém questiona ou critica a gestão municipal.
Tentam colocar a oposição como inimiga da cidade e isso é lamentável para democracia”, afirmou Renato Antunes.
O vereador disse que a investigação foi feita de forma responsável, até por que os questionamentos são plausíveis. “É um contrato que precisa de esclarecimentos, por se tratar de uma empresa de revenda de produtos veterinários, criada em outubro de 2019, pertencente a pessoas com parentescos com gente do PSB.
Quando isso é questionado, é por entender que é preciso responsabilidade no trato com o dinheiro público. É um ato de coragem e defesa ao povo”, afirmou o vereador.
Na visão do parlamentar, o contrato poderia colocar em risco o fornecimento dos equipamentos e o acesso da população aos respiradores. “A microempresa ter um capital social mínimo de apenas R$ 50 mil, ainda assim firmou contrato com a Prefeitura na ordem de R$ 11,5 milhões, dos quais mais de R$ 1 milhão já foi pago.
Se esses respiradores apresentarem defeito no futuro, ela terá obrigações técnicas para corrigir os problemas que surgirem”, questionou.