Nesta segunda pela manhã, a área técnica da Prefeitura do Recife admitiu que os ventiladores pulmonares comprados a uma empresa do interior de São Paulo precisavam de aval técnico da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e que estavam em estoque.

As afirmações constam no documento de distrato de vínculo da Prefeitura com a empresa Juvanete, do interior paulista, após a compra de equipamentos de respiração ter sido cancelada por iniciativa da empresa.

Os equipamentos de ventilação pulmonar que já tinham sido adquiridos foram comprados sem licitação no valor de R$ 11 milhões em três contratos firmados, segundo o Ministério Público de Contas.

Nesta tarde, a gestão municipal garantiu em nota oficial que não havia problemas com os equipamentos.

Veja os termos na nota de esclarecimento abaixo .A Prefeitura do Recife informa que a Bioex, fabricante dos respiradores, tem registro na Anvisa, sob o número 8.05.263-7 (PW28M4954778), conforme documento em anexo, inclusive com Certificado de Boas Práticas de Fabricação - CBPF vigente.

A fábrica, conforme matéria publicada pelo Jornal do Commercio do último sábado, produz há 13 anos equipamentos hospitalares como autoclave, ultrassom dentário, negatoscopios, válvulas para aparelhos de anestesia e outros.

Em relação ao respirador, que foi desenvolvido pela fabricante especialmente para possibilitar a entubação de pacientes da COVID, o mesmo pode ser comercializado obedecendo a Resolução de Diretoria Colegiada (RDC 379) da Anvisa e teve seu pedido de homologação protocolado naquela Agência.

A prefeitura adquiriu o respirador de um fabricante autorizado, verificou que o mesmo atende aos parâmetros mínimos para funcionamento e aguardava apenas a comprovação da homologação na Anvisa para colocá-los em operação. .

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