A embarcação de bandeira brasileira que estava em quarentena no Porto de Suape desde o dia 11 de maio, após um tripulante apresentar sintomas da Covid-19, deixou o porto na madrugada deste domingo (24).
O navio foi liberado pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) após constatação de que os demais 25 tripulantes não manifestaram sinais da doença.
O homem, de 46 anos, testou positivo no dia 15 de maio e permaneceu isolado, dentro de sua cabine no navio, sendo medicado e monitorado.
Ele está estável, assintomático e foi liberado pela Anvisa para cumprir o fim da quarentena em sua residência.
Este foi o primeiro caso confirmado no Porto de Suape.
Todos os procedimentos de segurança e prevenção indicados pela Anvisa foram adotados pela administração do Porto de Suape.
Não houve embarque ou desembarque de tripulação, nem contato com trabalhadores portuários locais.
O navio veio do Terminal de Madre de Deus, na Bahia, para receber óleo combustível para exportação, através de transbordo com outras embarcações, chegando no dia 11.
A embarcação permaneceu isolada em área do Cais 1 até o momento da desatracação.
Após deixar Suape, o navio seguiu para o Porto de St.
Croix, localizado nas Ilhas Virgens.
Outro navio de bandeira brasileira, desta vez um conteineiro com 21 tripulantes, informou que a equipe médica a bordo realizou o teste rápido num tripulante e o resultado foi positivo.
A embarcação chegou ao Porto de Suape no fim da manhã de sábado (23) para descarregar 199 contêineres vindos do Porto de Manus (AM), sua última parada, e embarcar outros 152.
Uma equipe da Anvisa concluiu a inspeção sanitária no navio e verificou que os demais tripulantes não estão com sinais da doença.
A embarcação ficará em quarentena por 14 dias no Cais 1 do Porto de Suape, local definido para atracação em casos de Covid-19, sem prejudicar a operação portuária.
Assim como no primeiro caso, não houve embarque ou desembarque de tripulação, nem contato com os trabalhadores portuários locais.
O homem, de 42 anos, está isolado em sua cabine no navio desde o dia 16 de maio, quando apresentou quadro de tosse, mas sem febre ou outro sintoma relacionado à Covid-19.
No mesmo dia, a equipe médica de bordo fez um teste rápido, cujo resultado foi negativo.
Naquela ocasião, o caso não se enquadrava como suspeito de acordo com os protocolos da Anvisa.
Entretanto, o tripulante foi mantido em isolamento e, mesmo com a remissão do único sintoma apresentado (tosse), o teste foi repetido após sete dias (em 23/5), com resultado positivo.
O homem segue em isolamento, estável, assintomático e será monitorado pela Anvisa.
O navio só poderá operar após terminar o período da quarenta se nenhuma outra pessoa apresentar suspeita da doença.
Como estabelece o Plano de Contingência e Emergência em Saúde Pública do Porto de Suape, para resposta a situações relacionadas a casos de doenças infectocontagiosas, uma barreira sanitária ficará instalada no local, para que os técnicos envolvidos na investigação se higienizem e descartem os Equipamentos de Proteção Individual (EPIS) utilizados a bordo.
Ambulância do porto, com equipe especializada, se mantém de plantão, caso precise fazer alguma remoção a hospital.
Suape possui seis cais e quatro píeres, totalizando 13 berços de atracação e continua funcionando para garantir o abastecimento de produtos e insumos essenciais à população, como alimentos e medicamentos.
Toda a movimentação vem sendo monitorada e, antes de atracar, as embarcações precisam de autorização da Anvisa, órgão responsável por conceder a livre prática aos navios, ou seja, a anuência para que o navio possa entrar no porto e operar, checando e atestando as condições sanitárias e de saúde do ambiente e dos tripulantes a bordo, por meio da Declaração Marítima de Saúde preenchida pelo comandante.
Todas as medidas de contenção indicadas pelos órgãos sanitários estão sendo cumpridas em Suape, tais como o reforço da limpeza, campanhas de conscientização, disponibilização de álcool em gel e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), orientação sobre distanciamento e restrição de circulação em cais e píeres, onde lavabos foram instalados para lavagem mais constante das mãos.