O dirigente do Aliança Pelo Brasil em Pernambuco coronel Meira defendeu o adiamento do exame nacional pelo ministro da educação, adotada nesta quarta-feira, após o Senado aprovar projeto no mesmo sentido.
Meira também destacou a relação de Weintraub com o filósofo Olavo de Carvalho. “O ministro Abraham Weintraub, com muita sabedoria, decidiu adiar o ENEM e promover uma consulta popular dentre os estudantes para que a escolha da melhor data seja 100% democrática, atitude tomada com bastante equilíbrio e sensatez, por entender que devido a pandemia do coronavírus vivemos hoje dias atípicos, onde muitos alunos não puderam ou não tiveram tempo para se adaptar ao método de ensino a distância, e até mesmo uma grande parcela de estudantes sequer possuem acesso a Internet, decisão esta, principalmente inclusiva.
Não poderíamos esperar menos de um aluno do Prof° Olavo de Carvalho”, escreveu, em informe ao blog. “Depois de mais de 20 anos consecutivos de desmonte da educação no Brasil, eis que finalmente temos um Ministro da Educação verdadeiramente comprometido com a educação, e digo educação mesmo, porque antes tínhamos apenas doutrinação Gramscista a la Paulo Freire, mas isso é tema para um outro debate”.
Mesmo sem datas definidas para as provas, por meio do site enem.inep.gov.br os estudantes que pretendem fazer o ENEM 2020 precisam se inscrever até esta sexta-feira (22), uma vez que o calendário de inscrições não foi alterado.
Embora a decisão tenha sido comemorada principalmente pelos estudantes de escolas públicas que terão mais dificuldades na preparação para a prova, o deputado estadual Paulo Dutra, do PSB, disse que o adiamento que pode ser de até 60 dias, de acordo com o MEC, pode não ser suficiente no final das contas.
Paulo Dutra (PSB) disse ser preciso esperar a evolução do distanciamento social que tirou os estudantes das escolas para ter certeza de que o prazo é suficiente para que os prejuízos para os estudantes sejam minimizados. “Consideramos um grande avanço frente à forma intransigente e insensível que o ministro Abraham Weintraub vinha tratando do assunto.
Porém, caso a pandemia faça persistir o isolamento social, adiar o ENEM por 60 dias pode não ser suficiente e devemos buscar impedir novamente que seja cometida uma injustiça social que vai contribuir muito para o aumento da desigualdade educacional no Brasil.
Em um país onde 30% da população ainda não possui acesso à internet, é preciso diminuir ao máximo as dificuldades na preparação para o exame, principalmente nas classes menos favorecidas e que mais precisam de oportunidades como o ENEM para o seu desenvolvimento social”, comentou.