O lobby murchou Manoel Fernandes, diretor da BITES, em informe ao blog A pressão dos 11,4 milhões de servidores públicos da União, Estados e municípios sempre assustou o Congresso Nacional.

Eram poucos aqueles com alguma coragem para contrariar os interesses desse grupo, mas hoje o poderoso lobby deve ter ficado muito frustrado.

Até às 19h, o Sistema Analítico BITES havia identificado menos de uma dezena de posts citando a parte da reunião do presidente Jair Bolsonaro com os governadores que unificou a opinião sobre o congelamento dos salários da categoria até dezembro de 2021.

Nesse universo restrito apenas o deputado gaúcho Bohn Gass (PT) fez uma declaração de apoio aos servidores, mas também aproveitou para criticar o governador Eduardo Leite (PSDB) pelo apoio ao congelamento.

O governador do Piauí Wellington Dias (PT) também foi o único entre seus pares a discordar da medida por considerar que cada estado deve decidir o que fazer com a sua folha de pessoal.

Os deputados federais preferiram tratar de outros assuntos, mesmo reconhecendo que o congelamento seria inevitável na atual conjuntura, mas entre os 1.880 posts que publicaram hoje em suas redes socais não reservaram espaço para se solidarizar com os servidores públicos.

Ao longo do dia, o abandono digital dos servidores estava na direção contrária ao movimento que aconteceu no Google Brasil nas horas seguintes ao anúncio dos governadores e presidente.

As buscas em torno do tema cresceram exponencialmente na direção de explicações sobre o que significa congelamento de salários.

Mesmo os integrantes da Frente Parlamentar Mista do Serviço Público, que reúne 255 deputados e 21 senadores, não promoveram qualquer gesto em direção aqueles que representam.