Em mensagem enviada aos fiéis, o arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, reforçou a importância da quarentena e agradeceu ao Governo de Pernambuco por reconhecer os cultos religiosos como atividades essenciais. “As missas continuam normalmente, vamos acompanhar pelos meios de comunicação sociais.

Não vamos perder a fé, pelo contrário, vamos procurar crescer na unidade, fraternidade e no compromisso com o irmão”, declarou.

No território do Regional Nordeste 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB NE2), Pernambuco é o Estado líder em número de casos confirmados de Covid-19 e de óbitos causados pela doença.

Já são 16.209 pessoas infectadas e 1.381 mortas pelo novo coronavírus.

As cinco cidades que vão entrar na quarentena mais rígida concentram, segundo a Secretaria de Saúde do Estado, 75% dos doentes e 68% das vítimas fatais da pandemia.

Cinco cidades da Região Metropolitana do Recife, incluindo a Capital, entram, a partir deste sábado (16), na chamada quarentena.

A medida mais rigorosa para conter o avanço do novo coronavírus aumenta a restrição à circulação de pessoas e veículos, no entanto, não proíbe a celebração de cultos religiosos para transmissão on-line.

A norma, que ficará em vigor até o dia 31 de maio, está descrita no decreto do Governo de Pernambuco publicado no Diário Oficial do Estado, desta sexta-feira (15).

O texto estabelece, porém, que membros de equipes de liturgia, música e comunicação precisarão de autorização por escrito e assinada pelo padre para se deslocar até a igreja.

A autodeclaração, que pode ser baixada no site da Arquidiocese de Olinda e Recife, exige nome completo, profissão, CPF e os endereços residenciais dos integrantes das equipes envolvidas nas missas e o da igreja onde ocorrerá a celebração.

O documento é obrigatório no Recife, em Olinda, Camaragibe, Jaboatão dos Guararapes e São Lourenço da Mata. “A apresentação impressa ou em meio digital será obrigatória, juntamente com o respectivo documento de identidade e comprovante de residência, quando solicitado pelas autoridades estaduais ou municipais”, diz o decreto.