Por Sala de Democracia Digital, da FGV O número de vítimas força medidas mais rigorosas de isolamento social no país, mas atenção a questões e embates no governo federal segue maior do que com preocupações sanitárias.
A base alinhada à direita e oposição ao governo convergem ao atribuir maior foco à política.
Ambos os lados do debate mantém enfoque principal à atuação direta (e política) do governo federal frente à Covid-19, sob o aumento recente do número de mortos e casos no Brasil, mas com abordagem a partir do contexto institucional da relação entre o presidente Jair Bolsonaro, os ministros (e o ex-ministro Sergio Moro), a Polícia Federal e, principalmente, o Supremo Tribunal Federal.
Na terça-feira (12), pela primeira vez desde 05 de maio, a partir da divulgação da ampla reunião ministerial anterior à saída de Moro do governo, a temática política superou 2 milhões de menções/dia.
Perdendo espaço para a política, o debate sobre saúde no Twitter readquire tom irônico No Twitter, o debate sobre questões sanitárias mantém o uso de piadas e ironias para abordar os efeitos da pandemia no cotidiano das pessoas, projetar impactos futuros para as relações sociais (como o uso regular de máscaras) e para questionar iniciativas do governo federal em relação ao surto.
Porém, ainda são motivo de grande preocupação as mortes causadas pela doença no país e a circulação de notícias falsas a respeito da doença.
No WhatsApp, ataques a adversários do governo são destaques Houve grande pluralidade de adversários do governo como alvos de denúncias no WhatsApp.
A investigação sobre a suposta “Caixa Preta do BNDES” se juntou ao caso Adélio Bispo dentre as pautas antigas que voltaram ao centro do debate.
Houve, também, novas denúncias contra a China, o PT e Moro - criticado por Roberto Jefferson, agora com fixa posição entre os principais influenciadores da base à direita.
A cloroquina e os efeitos econômicos do isolamento seguem recorrentes, e destaca-se o uso do aplicativo como ferramenta de ação digital coordenada.