Pelas redes sociais, com o lema “Pernambuco não pode parar”, os grupos bolsonaristas locais estão convocando uma nova carreata para às 13 horas deste sábado, tendo como ponto de concentração e partida o Quartel do Exército que sedia o Comando Militar do Nordeste, na BR 232.
Em uma recomendação conjunta, do dia 19 de abril, mesma data do primeiro ato na porta do Comando Militar do Nordeste , o MPPE eo MPF recomendavam ao Superintendente da Polícia Rodoviária Federal no Estado de Pernambuco e ao Secretário de Defesa Social do Estado de Pernambuco, entre outras providencias: “…adotem, enquanto perdurar o estado de emergência na saúde pública, as medidas necessárias com vista à garantia da logística nacional e livre circulação nas rodovias federais e faixa de domínio no Estado de Pernambuco, devendo para tanto a Polícia Rodoviária Federal promover, com o apoio da Polícia Militar, a dispersão dos manifestantes que se aglomerem nesses locais, procedendo à prisão em flagrante dos que oferecerem resistência à ordem de dispersão, conduzindo-os à Superintendência da Polícia Federal, sem prejuízo das necessárias autuações administrativas pelas infrações de trânsito praticadas, incluindo o guinchamento dos veículos estacionados em locais proibidos”.
Pois bem.
Novo ato marcado.
Na última terça -feira, em um procedimento preparatório, a Procuradora da República Mona Lisa Duarte Abdo AQzis Ismail, fez uma solicitação de manifestação acerca da existência de algum óbice, por ser área militar, para que a Polícia Militar (PM) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) atuem com vistas a inibir eventuais aglomerações de pessoas nos locais das margens da rodovia federal localizada em frente ao CMNE.
A Procuradoria da República, por meio do Ofício n.º 1806/2020/PRPE-9º, de 5 de maio de 2020, cita que o intuito é de que seja cumprido o Decreto Estadual n.º 48.809, de 14 de março de 2020, que trata do combate ao coronavírus e sugere isolamneto social, sem aglomerações.
Nesta quinta-feira, o general de Brigada Carlos Duarte Pontual de Lemos, Chefe do Estado-Maior do CMNE, já respondeu ao questionamento, de forma objetiva. “No caso em comento, o entendimento deste Comando Militar de Área é no sentido de que a Polícia Militar de Pernambuco e a Polícia Rodoviária Federal devem cumprir suas atribuições legais, desde que as ações policiais não coloquem em risco a segurança do aquartelamento e do pessoal de serviço de guarda ao quartel, assim como o patrimônio da União.”, escreveu à procuradora, o chefe do Estado-Maior do CMNE.