Manoel Fernandes, diretor BITES, em informe ao blog A saída de Luiz Henrique Mandetta e de Sérgio Moro da Esplanada dos Ministérios e a crise política gerada por essas demissões abriu espaço para o surgimento de novos influenciadores digitais na administração do presidente Jair Bolsonaro.

Também intensificou um fenômeno nos perfis oficiais das Forças Armadas nas redes sociais, que apareceram como protagonistas várias vezes nesse contexto.

Nas últimas semanas, o espaço começou a ser ocupado pelo vice-presidente Hamilton Mourão e o seu colega de farda, o general Augusto Heleno, do gabinete de Segurança Institucional.

Sem contar a evolução de Moro e Mandetta desde 01 de março até a demissão, os dois militares lideraram no ministério o maior crescimento de seguidores em seus perfis oficiais no Twitter e Instagram.

Heleno adicionou 654 mil aliados digitais e Mourão outros 558 mil.

O mesmo fenômeno ocorreu com os dois perfis do ex-ministro do Exército, general Eduardo Villa Bôas.

No mesmo intervalo, ele conquistou 87 mil seguidores com crescimento de 12% da sua base.

O perfil do Exército no Twitter ganhou desde então 141 mil seguidores em @exercitooficial.

A variação foi de 16,5%.

A taxa no Twitter da FAB foi de 18% e na conta da Marinha ficou em 16%.

No Google Brasil, o interesse pelas Forças Armadas atingiu nessa semana a maior taxa nas buscas dos últimos 12 meses.

Entre os integrantes do Poder Executivo excetuando o presidente Bolsonaro, o vice-presidente Mourão já o segundo em número de seguidores nas redes sociais (1,7 milhão), atrás apenas da ministra Damares Alves (2,3 milhões).

O general Heleno ocupa a quarta posição (1,538 milhão) bem próximo do ministro Marcos Pontes (1,545 milhão).

Interações por post Os dois militares também superaram os colegas de ministério em outra métrica bastante relevante para agentes digitais: a média de interações por post.

Juntos, Mourão e Heleno conseguiram 57.522 por post desde 01 de março.

Volume bem próximo da soma total (65.329 interações por posts) dos outros 16 ministros e secretários-executivos com presença digital.

Heleno, por exemplo, conseguiu 3 milhões de interações em seus 67 posts no Twitter e Instagram.

Nessa contabilidade individual, o general ficou atrás do ministro da Educação, Abraham Weintraub, que conseguiu 4,7 milhões de interações, mas precisou fazer 1.030 posts para alcançar esse resultado.