Manoel Fernandes, diretor da BITES, em informe ao blog A mídia mundial está concentrada há 60 dias em fazer a melhor cobertura dos fatos da pandemia do Coronavírus.

Desde 04 de março, como revela o Sistema Analítico BITES, sites de jornalismo profissional e da mídia alternativa publicaram 18 milhões de artigos sobre o Covid-19, o equivalente a 70% do total de textos produzidos pelos veículos nesse período.

Essa relação foi de 36% no Brasil.

Não muito diferente dos Estados Unidos (35%), do Reino Unido (34%), da Argentina (40%) e superior ao que aconteceu na mídia da Alemanha (19%).

O Brasil se distancia quando se quantifica a presença do chefe de governo dentro do conjunto de artigos produzidos em cada País sobre a pandemia.

Entre os integrantes do G7, o grupo das nações mais ricas do planeta, o presidente Donald Trump foi associado em 3,3% textos publicados nos sites do mundo sobre o Covid.

O segundo com 0,65% desse volume foi o primeiro-ministro Boris Johnson, seguido bem de perto (0,56% dos artigos) pelo presidente Jair Bolsonaro.

Nesses 60 dias, o brasileiro ganhou mais exposição de mídia do que o primeiro ministro da Itália, Giuseppe Conte, que ainda administra uma crise com 221.938 casos registrados até hoje e 29.079 mortes.

A explicação da vice-liderança de Bolsonaro no ranking tem relação direta com a sua gestão da pandemia no Brasil.

De tudo que foi publicado no Brasil nesses dois últimos meses, o presidente apareceu em 8% dos textos.

Mesmo com Trump nesse levantamento, a taxa do americano na mídia do seu país ficou em 6%, em 3% para Johnson e 2% para Angela Merkel.

Na Argentina, o presidente Alberto Fernández foi citado em 4% dos artigos sobre o Coronavírus.

Esse padrão de Bolsonarista se mantém nas buscas no mundo realizadas no Google em torno do nome desses governantes.

Na comparação com Trump, Merkel, Johnson e Emannuel Macron, Bolsonaro só fica atrás em buscas do aliado americano e do primeiro-ministro inglês, superando os outros dois.