Aglomerados em meio à Esplanada dos Ministérios e em frente ao Congresso Nacional e ao Palácio do Planalto, um grupo de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) faz, neste momento, um protesto contra ministros do STF —principalmente Alexandre de Moraes e Dias Toffoli— e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM).
Além disso, pedem o fim do isolamento social como forma de conter o coronavírus. “Não apoiamos Doria, Maia, Witzel e Moro.
Queremos trabalhar”. disse um dos apoiadores em um carro de som.
O Brasil registrou cerca de 96 mil casos de covid-19 e deve chegar hoje a mais de 100 mil pessoas contaminadas, com mais de 7.500 pessoas mortas. É dia de sol e calor em Brasília.
Nas calçadas, ambulantes vendem bandeiras do Brasil.
Muitas pessoas também circulam a pé e de bicicleta pela área.
Parte dos manifestantes passaram a madrugada acampados ao lado do Palácio do Alvorada.
Uma carreata pedindo o fim do isolamento social provocado pela quarentena também percorreu as ruas da capital federal na manhã deste domingo.
Dentro de centenas de carros, gritam palavras de ordem contra o presidente da Câmara dos Deputados e o Supremo Tribunal Federal (STF).
Entre as faixas colocadas pelos manifestantes, estavam “O ministro Alexandre de Moraes está tramando um golpe?”, “O senhor não manda nesse país.
Não aceitamos mais isso.
O seu inquérito das fake news é fake, é inconstitucional” e “Fora Maia, fora STF.
Esse é o recado do Rio Grande do Sul”.
Moraes é alvo dos bolsonaristas por determinar a suspensão da posse de Alexandre Ramagem como diretor da Polícia Federal, depois de indicação do presidente Jair Bolsonaro.
Maia sem sofrido ataques frequentes do presidente e de seus apoiadores.
De cima de um caminhão, uma apoiadora gritava palavras de ordem: “O senhor está aqui com a gente.
Vamos agradecer.
Quem puder, ajoelhe.
Quem puder ajoelha e vamos agradecer o senhor por estarmos aqui.
Pelo nosso presidente.
Vamos fazer uma oração e o senhor vai saber que nós brasileiros estamos aqui e não foi por mortadela.
O senhor sabe onde o senhor está.
Que aqui nós somos brasileiros e honramos o seu nome e a nossa fé.” O presidente Jair Bolsonaro ainda não se pronunciou sobre a manifestação.
Desde o início da pandemia, o presidente minimiza a doença, diz que não se trata de nada grave e insiste em convencer as pessoas a irem para a rua, uma posição que seu próprio Ministério da Saúde, além de todas as autoridades e especialistas do Brasil e do mundo, rejeitam duramente.
A Polícia Rodoviária Federal acompanha a movimentação.
A previsão é que sigam pela Esplanada até a Praça dos Três Poderes.
Brasília tem registrado, até o momento, um número baixo de casos de contaminações e mortes por covid-19, porque boa parte da população tem respeitado as medidas de isolamento impostas pelo governo do Distrito Federal.
Nos últimos dias, porém, tem aumentado o número de pessoas circulando pela cidade, apesar de as estatísticas indicarem que o coronavírus ainda não chegou ao pico em nenhuma região do País.
Em todos os locais, os números de casos e mortes são ascendentes.
Hoje Bolsonaro saiu do Palácio do Alvorada e visitou cidades de Goiás.
Desrespeitando completamente todas as recomendações de isolamento social, o presidente causou aglomerações, abraçou pessoas e disse que as medidas de proteção são “uma irresponsabilidade”.
Com infomrações da Agência Estado