O deputado estadual Waldemar Borges disse, nesta sexta, que o governo Federal repassa recursos para quem já tem muito, em uma crítica aos bancos. “Enquanto o mundo discute a necessidade de enfrentar as desigualdades e procura formas de diminuir a concentração absurda da riqueza, no Brasil, um dos países mais desiguais do planeta, as elites, através de seus prepostos, ainda criam mecanismos para dar mais a quem já tem muito. É que através da Instrução Normativa 1.942, de 27 de abril último, da Secretaria Especial da Receita Federal, o governo Bolsonaro baixou de 20 para 15% a alíquota da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) dos bancos.
Isso significa dizer que os banqueiros, que no ano passado tiveram lucro recorde de R$ 108 bilhões, ganharam de mão beijada um presente de R$ 5 bilhões”, afirmou. “Essa benevolência criminosa seria inaceitável em qualquer época e circunstância.
Mas, nesses tempos trágicos de pandemia, quando a gente começa a ver uma quantidade crescente de empresas brasileiras - micro, pequenas, médias e grandes - começando a quebrar sob o olhar indiferente do governo, e a população pobre ser exposta à contaminação nos apertos das filas da Caixa (cadê os bancos privados que nem nisso ajudam?), lutando por R$ 600, essa generosidade com os banqueiros amigos de Paulo Guedes causa ainda mais indignação”.