Manoel Fernandes, diretor da BITES, em informe ao blog O ex-ministro Sérgio Moro deixou o governo com um patrimônio de 6 milhões de seguidores em seus perfis no Twitter e no Instagram e sob ataque dos aliados do presidente Bolsonaro nas redes sociais.
Entre os maiores agentes políticos do País com densidade digital, Moro fica apenas atrás do ex-chefe, dono de uma base de 36 milhões de fãs, e de três deputados – Eduardo Bolsonaro, Pastor Marco Feliciano e Tiririca – que têm mais seguidores.
Nesse quesito, ele supera os governadores, os prefeitos das 27 capitais e todos os ex-colegas de ministério. É um ativo que precisa ser administrado e alimentado com uma estratégia.
Como fez Bolsonaro na eleição de 2018, o ex-ministro tem a chance de transformar essa audiência em popularidade real.
E o novo modelo precisa ser adotado rapidamente sob o risco de perder relevância junto à opinião pública digital.
Em abril de 2018, Bolsonaro era seguido por 7,8 milhões de perfis.
Hoje são 36,3 milhões.
A variação foi de 364%.
Nos últimos dias, a entrada de fãs de Moro nesses perfis oficiais já indica uma leve desaceleração.
Entre 19 e 24 de abril, dia da sua demissão, a base do ex-ministro cresceu 18%.
Saiu de 2,6 milhões para 3 milhões em função da sua tumultuada saída.
Desde então até às 19h de hoje, essa variação havia chegado em 0,65%.
Algo semelhante acontece no Twitter.
Desde a sua entrada nessa rede social em abril do ano passado, Moro ganhou em média 6.119 por dia na sua cota.
O melhor resultado foi obtido no dia da demissão quando 177.837 perfis passaram a segui-lo no Twitter, mas desde a última segunda-feira, 27, o crescimento voltou ao patamar histórico.
Como já está provado, o mundo das redes sociais não permite a inércia.
Caso insista em continuar longe dessas plataformas, que poderiam se transformar em um grande hub de discussão sobre diversas questões que apontou na sua demissão, Moro perderá a grande chance de amplificar a sua mensagem.