Em videoconferência com o Conselho Superior Diálogo pelo Brasil da Fiesp, realizada na tarde desta quinta-feira (23/4), o ministro-chefe da Casa Civil, General Braga Netto, apresentou as linhas gerais do programa Pró-Brasil de recuperação econômica pós coronavírus junto com o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno.

Participam do conselho presidentes e CEOs dos 50 maiores grupos empresariais brasileiros.

Braga Netto afirmou que, embora o governo tenha a missão de ser o indutor da retomada da economia, o plano não é estatizante. “Não se pensa em estatização, não se pensa em trocar o rumo”, disse Braga Neto. “A privatização é ponto de honra.

A ideia é desestatizar ao máximo, não vamos abandonar esta agenda”, completou Augusto Heleno.

Um dos pontos focais do plano, segundo Braga Netto, é o arcabouço normativo para facilitar investimentos privados.

A maior dificuldade para haver investimentos no Brasil, na avaliação dos empresários, não é falta de recursos, mas o ambiente de negócios ruim e a insegurança jurídica que travam os projetos no país.

Skaf disse no evento ser preciso reduzir os entraves burocráticos e aproveitar o momento para resolver problemas que há décadas são ignorados. “Temos aí uma oportunidade do Estado que vai provocar e facilitar os caminhos com a colaboração dos outros poderes e deixar a iniciativa privada tocar o resto que sabe fazer.

Estamos em um período de quase guerra, no qual teríamos condições de, pela dor, acabar com a ferrugem que existe nessa máquina emperrada e abrir o caminho para que os projetos fluam”, disse Skaf.

Braga Netto garantiu que, ao invés de serem paralisados, os projetos e as reformas que estavam em andamento antes da eclosão da crise ganharão novo fôlego. “O foco é o crescimento, mas as reformas que já haviam sido iniciadas e foram interrompidas por causa da pandemia devem continuar, não se pensa em abandonar as reformas.

Nós temos mapeados tudo aquilo que já tem projeto, que já pode andar, gerar emprego e impulsionar a economia.

Nossa ideia é pegarmos aquilo para o qual já temos recurso e investir pesado”, completou o ministro.