O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deve estar oficializando em breve a decisão de ampliar o limite de desembolsos via parceiros para bancos estaduais e de fomento regional, que terão novo teto de R$ 5,3 bilhões, em um aumento de 189% no semestre.

De acordo com informações extra-oficiais, com esse aumento, haverá mais recursos disponíveis para os bancos que atendem empresas do Nordeste.

Com mais parceiros fortalecidos, os empreendedores terão mais oportunidades de acesso a crédito para produzir e exportar na retomada da economia.

Várias fontes reclamam de empoçamento dos recursos no sistema financeiro.

Com receio de inadimplências, os bancos privados recebem mais liquidez do Banco Central mas não repassam para o sistema de crédito.

Setor de móveis reclama de acesso ao crédito Diante de uma crise sem precedente provocada pela Covid-19, o presidente do Sindicato da Indústria de Móveis do Estado de Pernambuco, Vikentios Kakakis, faz um alerta para a dificuldade de se obter crédito para capital de giro. “As indústrias estão precisando pagar energia, segurança, manutenção, fornecedores e os salários de março e ninguém consegue recursos nos bancos, sejam nos públicos ou nos privados.

Desse jeito, muitos vão quebrar”, alertou.

Segundo ele, alguns bancos negam ter crédito e outros fazem exigências de garantias e certidões.

O setor conta com cerca de 400 empresas em atividade em Pernambuco, a maioria de pequeno e médio portes, gerando 12 mil empregos diretos e indiretos.

Ele diz que, desde março, muitos empresários não recebem pelas encomendas já entregues e, por isso, também não puderam pagar seus fornecedores e outras despesas. “O salário de março não foi pago pela maioria dos empresários.

E não há crédito para honrá-los.

As pessoas estão com fome”, alerta.

Ele diz que o setor não vai aguentar a crise, porque ajuda financeira só para manter salários não basta. “A questão é a sobrevivência da empresa.

Não podemos produzir, porque as lojas estão fechadas.

E muitas lojas também não vão aguentar, porque a maioria é de pequenos empreendedores que hoje só dispõem de R$ 600,00 para viver”.

O empresáiro diz que quem se comprometeu a pegar recursos para pagar salários tem que manter os funcionários por dois meses após a pandemia, o que vai gerar outro problema. “Se não temos a quem vender, se não temos capital de giro, como vamos operar?

E se tivermos que fechar o negócio, vamos ter que pagar uma indenização muito maior.

Tem gente preferindo demitir”.