Mais cedo, o blog informou que alguns organizadores de grupos bolsonaristas que tomaram parte de um evento na porta do Quartel General do Exército, no domingo, gerando aglomeração na BR-232, em desacordo com o decreto de Paulo Câmara pelo combate à pandemia, estão sendo chamados a prestar depoimento na Polícia Civil.

Não se sabe o número total de convocados para prestar explicações.

Bolsonaristas que participaram de ato na porta do QG do Exército no Recife são chamados pela Polícia Civil para esclarecimentos As intimações citam como referência crime de desobediência, em cartas expedidas pela Delegacia de Jardim São Paulo.

Na nota oficial, a Polícia Civil rebate o pré-candidato a prefeito do Recife Alberto Feitosa, do PSC, que saiu em defesa das manifestações criticando o governador Paulo Câmara. “Meu pensamento está alinhado com o que disse Bolsonaro.

Sou contra o fechamento de instituições ou aplicação do AI-5.

O que eu critico é o uso de dois pesos e de duas medidas, pelo governo do Estado.

No País que pessoas defendem drogas, aborto, em que os governadores do Nordeste assinam carta criticando a Justiça pela prisão de Lula, as pessoas não podem se manifestar (no caso, a favor do AI-5)?

A Justiça não se manifestou quando Lula pediu que as pessoas foram para rua.

Aqui, o governador, chefe da Polícia Civil, criticou a prisão de Lula, mas manda agora a Polícia Civil promover um ato de intimidação contra uma manifestação pacífica”, reclamou Alberto Feitosa.

Veja a nota oficial da Polícia Civil de Pernambuco “A Delegacia de Jardim São Paulo abriu Inquérito Policial para investigar o descumprimento do artigo 268 do Código Penal, que frisa “infringir determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou propagação doença contagiosa” e determinações sanitárias contidas em decretos estaduais e municipais da cidade do Recife, que proíbem aglomerações a partir de 10 pessoas.

Isso porque na manifestação do último domingo, no Curado, a polícia recebeu denúncias de que havia cerca de 100 pessoas reunidas às margens da BR-232.

Líderes da manifestação estão sendo intimados para esclarecer os fatos. É importante ressaltar que o inquérito não tem como objeto a motivação do protesto, mas a desobediência de medidas de prevenção à disseminação do novo Coronavírus.

Desde os primeiros registros da doença no Estado, as forças de segurança atuaram em cerca de 40 mil denúncias de desobediência às orientações de saúde pública, entre aglomerações e funcionamento irregular de estabelecimentos, e 220 pessoas, em 56 cidades pernambucanas, foram conduzidas para delegacias.”, escreve a Polícia Civil.