Rodrigo Ambrósio, do MBL, em artigo enviado ao blog Desde o processo de impeachment da Dilma Rousseff que presenciamos a loucura por parte de alguns manifestantes, que eram apaixonados pelo discurso da dita “intervenção militar”.
Naquele tempo, nunca demos muita bola, pois víamos grande parte daquela turma sendo composta por membros da terceira idade, aposentados e filhas solteiras de militares falecidos, que nunca se casam para não perderem tal benefício.
Aparentemente, o que resta do movimento Bolsonarista resolveu se adaptar a tal discurso golpista, anexando a imagem do Jair Bolsonaro a esse desejo revolucionário.
Passou a surgir no Brasil uma espécie de campanha chavista, de verde e amarelo, que ameaça a ordem institucional.
Não existe diferença entre isso e qualquer outro radicalismo revolucionário da esquerda, que até hoje sonha com uma revolução socialista no Brasil.
Os mesmos que pedem tal intervenção militar, agora com o próprio Bolsonaro em tais manifestações, são os que chamam a polícia de autoritária por estar cumprindo a lei.
Assim como também são os mesmos que estão descumprindo a determinação de isolamento social do poder público, alegando o direito constitucional de ir e vir, para pedir coisas absurdas como a volta do AI-5, um Ato Institucional que cessa este mesmo direito. É simplesmente ridículo!
O Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal precisam urgentemente parar de ver algum tipo de normalidade nisso.
As pessoas que estão liderando e conduzindo este processo não são as mesmas que, por vias democráticas, foram às ruas pelo impeachment de 2016.
São simplesmente parte de uma ala revolucionária e extremista, que conta com apoio direto do presidente da República. É chegada a hora de unir todas as forças democráticas contra essa insurgência institucional, que tenta usar a crise causada pela pandemia do COVID-19, para tentar concentrar poder.
Os que foram às ruas em 2016 desejavam, além do impeachment da Dilma, por um fim à um projeto autoritário de poder.
Ao que parece, a luta por um Brasil Livre não acabou.