O Moda Center Santa Cruz recebeu do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) ofício com recomendações para que o parque oriente os fabricantes de confecções a voltarem, de forma parcial, com suas atividades.

De acordo com o documento, essa volta parcial deve ser focada, além da produção de artigos de moda e vestuário, também na produção de insumos que visem o enfrentamento a Covid-19, como máscaras caseiras, entre outros.

A diretoria do Moda Center Santa Cruz ressalta que já está atendendo tais recomendações, onde dará publicidade às informações do ofício em seus canais de comunicação.

A aceitação da recomendação do MPPE e as medidas sanitárias a serem aplicadas cabem aos gestores de cada município.

Bolsonaro quer polo da confecções do Agreste produzindo máscaras para proteção ao coronavírus O presidente da Embratur, Gilson Machado Neto, disse ao Blog nesta quinta-feira que levou para o presidente Bolsonaro e o ministro chefe da Casa Civil a ideia de usar o polo de confecções do Agreste de Pernambuco para fazer máscaras e Epi’s para os profissionais de saúde nesse período da pandemia.

De acordo com Gilson Machado, o presidente Bolsonaro gostou da ideia.

Depois da prospecção, Gilson Machado Neto já consultou o prefeito de Santa Cruz do Capibaribe.

O tucano Edson Vieira gostou da ideia e disse a Machado Neto que só aquele município, juntando as empresas e população, poderiam produzir um milhão de mascaras por dia.

A rigor, a mesma ideia já havia sido sugerida ao governador Paulo Câmara, no Legislativo Estadual.

A deputada estadual Alessandra Vieira (PSDB), esposa de Edson Viera, já havia pedido ao Governo do Estado que direcionasse ao Polo de Confecções de Pernambuco os pedidos de produção de Equipamentos de Proteção Individual ( Epis) para os profissionais de saúde do setor público que estão na linha de frente do combate ao novo Coronavírus em Pernambuco. “As cidades que integram o Polo – Santa Cruz do Capibaribe, Toritama e Caruaru e outros municípios da região, contam com mão-de-obra qualificada e podem contribuir neste momento produzindo máscaras, batas e macacões de proteção, seguindo orientações da Vigilância Sanitária, em pequenas fábricas e até mesmo nas casas de pequenas costureiras, diante da gravidade que é a pandemia.” disse a parlamentar.

De acordo com a deputada, se o Governo do Estado atendesse a seu pedido, “ o Polo de Confecções poderia beneficiar todo o Estado em curto prazo, possibilitando que os pequenos confeccionistas passem a produzir e comercializar diretamente com o estado e prefeituras, para assim, vencermos uma batalha que nos une: o bem do povo de Pernambuco”.

A parlamentar informou ao blog que a Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe já garantiu ser parceira na convocação dos profissionais, que produziriam milhares de máscaras, batas e macacões em suas residências, ajudando desta forma a não aglomeração em unidades fabris. “O Poder Público está tendo dificuldades para ter esse material em face da demanda em todo país.

O Polo de Confecções de Pernambuco é um conjunto de municípios que trabalha unido.

E só a união de todos ajudará a combater e vencer a Covid-19”, finaliza a parlamentar.

O pedido foi protocolado por ofício na Secretaria da Casa Civil de Pernambuco.

Protótipo em Caruaru Nesta semana, Ana Maria Miranda, do portal Ne interior, já informava que Associação Comercial e Industrial de Toritama (Acit) e a indústria cearense Santana Textiles desenvolveram o protótipo de uma máscara de prevenção feita com um tecido especial cedido pela tecelagem.

A máscara pode ser utilizada por até quatro horas e é lavável, ou seja, pode ser reutilizada.

A máscara é considerada um Equipamento de Proteção Individual (EPI) e é de uso obrigatório pelos profissionais de saúde.

O protótipo em tecido foi aprovado pela Secretaria de Saúde de Caruaru.

A produção começou nessa quinta-feira (26) por confeccionistas do polo têxtil do Agreste e as máscaras serão doadas para regiões necessitadas.

A Acit está em campanha com outros órgãos e empresários para arrecadar fundos para o pagamento da mão de obra.

Inicialmente, serão confeccionadas 80 mil máscaras.

De acordo com a associação, o projeto está em consonância com as recomendações da Associação Brasileira de Normas Técnicas.

Números em Pernambuco Até a tarde de quinta-feira (26), Pernambuco havia registrado 48 casos confirmados de coronavírus, com três mortes.

O Estado tem seis casos de cura clínica.

Entre as confirmações, 29 pacientes estão em isolamento domiciliar e dez estão hospitalizados, tirando as seis já recuperadas.

Atividade do comércio cai 16,2% em março e registra recorde histórico A atividade do comércio brasileiro em março deste ano teve a maior queda no comparativo mensal da série histórica, iniciada em 2000.

A redução foi de 16,2%, na comparação com fevereiro/20, feitos os devidos ajustes sazonais, segundo o Indicador de Atividade do Comércio da Serasa Experian.

Clique aqui e confira os dados.

O economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, diz que este movimento era esperado e que deve ser uma tendência para os próximos meses. “Com as pessoas ficando mais em casa e muitas lojas físicas fechadas, cai automaticamente o consumo de itens, principalmente os não essenciais, como Veículos e Materiais de Construção, que apresentaram a maior retração em março.

Na contramão estão áreas essenciais, como Supermercados e Combustíveis, cujo impacto foi menor pelo consumo e necessidade de abastecimento das cidades”.

Atividade fraca em todos os segmentos Todos os setores registraram declínio na variação mensal, sendo os mais significativos naqueles em que a compra pode ser postergada – Veículos, Motos e Peças (-23,1%) e Materiais de Construção (-21,9%).

Combustíveis e Lubrificantes tiveram a menor diferença com relação a fevereiro/20, com -5,5%.

Confira no gráfico abaixo todas as informações por setor: Na análise interanual – março/20 x março/19 – as vendas no varejo tiveram retração de 13,7%, puxada por Veículos, Motos e Peças (-26,3%) e Materiais de Construção (-17,9%).

Móveis, Eletrodomésticos, Eletroeletrônicos e Informática (-15,1%) e Tecidos, Vestuário, Calçados e Acessórios (-11,1%) aparecem na sequência, com Combustíveis e Lubrificantes (-8,7%) e Supermercados, Hipermercados, Alimentos e Bebidas (-2,4%).