Mesmo com a manutenção da orientação de isolamento social, o governo Paulo Câmara começou a estudar formas de retomar a atividade econômica de forma segura e controlada, a partir da próxima semana.
Um dos setores alvos são a construção civil.
O governo do Estado quer fazer um acordo com patrões e empregados para seguir um protocolo, de segurança dos empregados com uso de EPi’ individualizados e espaços seguros na produção, com equipes de 10 trabalhadores.
Caso não haja a oferta desta segurança, a autorização poderia se objeto de revogação ou multa.
O diálogo com os setores produtivos deve se dar esta semana, de maneira que possa ser anunciada na próxima semana, por volta do dia 17. “Vamos tentar reabrir de forma segura e controlada, com diáologo com as empresas.
Se cumprir, somente se puder cumprir os protocolos de segurança, com EPI individualizado e manutenção de distanciamento mesmo na produção, vamos começar a abrir.
Um exemplo é a construção divil”, cita uma fonte governamental.
Desde o começo da crise, os empresários locais pressionam por uma reabertura segura e gradual.
Em especial a Fiepe e a Fecomércio.
Nesta segunda-feira, depois que muita gente foi à rua, na semana passada, reagindo às falas do presidente Bolsonaro, o governo estadual decretou o fechamento de parques e praias, no final de semana, medida que vai ser alongada até ao menos a próxima segunda, até nova reavaliação.
Entenda a polêmica No domingo 29 de março, por videoconferência, com o governador do Estado de Pernambuco, Paulo Câmara, o secretário da Fazenda, Décio Padilha, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Bruno Schwambach, o secretário do Trabalho, Emprego e Qualificação, Alberes Lopes, conversaram com entidades empresariais.
Em mensagem aos seus associados, a Fecomércio-PE, ao lado de outras entidades empresariais, reforçaram, os pleitos da classe empresarial referentes à reabertura gradual e organizada do comércio no Estado, com prazos estabelecidos, além de pedirem medidas de redução dos impactos negativos nas empresas, especialmente nas micro e pequenas empresas (MPEs). “Deixamos bem claro para o governador que o que não pode acontecer é o nosso comércio ficar fechado por tempo indeterminado. É preciso estipular prazos de reabertura segura e gradual para que os empresários planejem voltar a funcionar e não serem tão prejudicados”, afirmou entao Bernardo Peixoto, presidente da Fecomércio-PE.
Na discussão, os empresários também solicitaram a prorrogação do prazo para pagamento do ICMS de março, abril, maio e junho, especialmente de quem é optante do Simples Nacional.
Isto so foi feito na sexta-feira passada, em reunião dos secretários de Fazenda nacionais.
A entidade revelou no final de março que o governador não abriu mão.
Agora estuda uma nova orientação sobre a produção, até por conta da queda das receitas estaduais. “(O governador disse não) mesmo com o nosso apelo e levando em consideração que Pernambuco teve suas dívidas com a União suspensas, economizando, com isso, quase 1,4 bilhões de reais”, reclamou o empresário, no final de março.
O governo do Estado já conseguiu adiar por seis meses o pagamento da dívida e vai economizar ao menos R$ 840 milhões.
O problema é que a previsão inicial de queda na arrecadação do ICMS soma mais de R$ 3 bilhões, conforme já antecipou o blog.
Conforme o próprio governo divulgou no mês passado, o governador Paulo Câmara pediu para estudar todas as reivindicações, inclusive com relação ao ICMS, até a sexta-feira (3/4), quando se pronunciou sobre o ICMS e deu as primeiras respostas aos pleitos. “Até lá, o comércio continuará fechado.
Vamos aguardar até a próxima sexta-feira (3/4) as medidas que serão tomadas pelo governador em prol do comércio de bens, serviços e turismo”, disse o governo, há uma semana.