O fenômeno Camilo Santana Manoel Fernandes, diretor BITES, em informe ao blog No balanço divulgado hoje pelo Ministério da Saúde, o Ceará é o terceiro estado com o maior número de casos de Coronavírus e ocupa a mesma posição em óbitos.

São 4.376 doentes e 77 mortes.

Nesse cenário, Camilo Santana (PT) se transformou nos últimos 30 dias no maior fenômeno entre os governadores que estão utilizando os seus perfis nas redes sociais para informar e esclarecer a população das medidas tomadas em seus estados.

A base de fãs e seguidores do petista, que atua apenas no Facebook e Instagram, cresceu 37% para os atuais 888 mil seguidores.

Potencialmente, Santana está conectado a 17% dos usuários de Internet do estado, segundo o Sistema Analítico BITES.

Essa proporção para o paulista João Doria, por exemplo, é de 15%.

No intervalo analisado, o governador do Ceará alcançou a taxa de 12.561 interações por post publicado em seus perfis.

Resultado bem acima de Doria (4.904) e de Wilson Witzel do Rio de Janeiro (1.874).

O volume de seguidores dos governadores de São Paulo e do Rio de Janeiro é bem superior ao de Santana, mesmo assim, a amplitude do petista é superior.

Doria tem 4,8 milhões de fãs e Witzel está com 1 milhão, e os dois desejam ocupar espaço no cenário nacional.

Essa distância em relação a Camilo revela que a mensagem de ambos precisa de algum tipo de ajuste para atrair mais atenção na Internet.

O padrão do Ceará é encontrado no Pará de Helder Barbalho (PMDB) e no Maranhão de Flávio Dino (PC do B).

Junto com Camilo, os três ganharam nos últimos 30 dias 584 mil novos seguidores nas redes sociais, o equivalente a 39% da base conquistada por todos os governadores.

João Doria ficou em quarto nesse ranking com 135 mil novos aliados, considerando que o seu estado tem 32 milhões de usuários de Internet contra 5,1 milhões do Ceará, 3,9 milhões do Pará e 2,9 milhões do Maranhão.

Os 27 governadores conquistaram desde 03 de março 1,4 milhões de novos aliados digitais e o presidente Jair Bolsonaro adicionou 1,5 milhão.

Essa batalha de narrativas deve ficar mais intensa nos próximos dias a partir de novos movimentos dos dois lados.

Quando decidirem atuar em bloco também no universo digital, os governadores poderão criar uma onda mais forte contra o presidente, hoje dono de uma audiência de 35 milhões de seguidores, duas vezes o tamanho da base dos governadores.