O Uol informa, neste momento, que, após o Twitter, o Facebook também decidiu, nesta segunda-feira (30), apagar publicação do presidente Jair Bolsonaro de suas plataformas, por entender que ela cria “desinformação” que pode “causar danos reais às pessoas”.
Nesta segunda-feira (30), o Senado aprovou a proposta que estabelece o pagamento de um auxílio emergencial no valor de R$ 600 a pessoas de baixa renda durante três meses.
Mais de 116 milhões de brasileiros poderão ser beneficiados direta ou indiretamente pela matéria.
A aprovação da matéria hoje pelo Senado é fundamental para dar um socorro àqueles que não estão protegidos pela seguridade social, em meio aos efeitos nefastos do coronavírus na economia do país.
A postagem é de um dos vídeos do passeio que o presidente fez no Distrito Federal neste domingo (29), criando aglomeração e contrariando seu próprio ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que recomendou que as pessoas ficassem em casa como medida de enfrentamento ao novo coronavírus.
O vídeo também foi apagado do Instagram, rede social que pertence ao Facebook. “Removemos conteúdo no Facebook e Instagram que viole nossos Padrões da Comunidade, que não permitem desinformação que possa causar danos reais às pessoas”, diz a empresa em nota.
Apagado no twitter no domingo Neste domingo, duas postagens feitas por Jair Bolsonaro foram apagadas do Twitter.
A empresa considerou que as postagens violavam as regras de uso ao potencialmente colocar as pessoas em maior risco de transmitir o novo coronavírus.
Foi a primeira vez que a rede social apagou postagens do presidente do Brasil.
A companhia também apagou um post do ditador da Venezuela, Nicolás Maduro.
Oposição a Bolsonaro se fecha em grupo único nas redes, enquanto base pró-governo recupera espaço no debate Relatório da Sala de Democracia Digital, da FGV, mostra que, pelo menos no Twitter, a estratégia de confronto direto com ministros, atores políticos, governadores, imprensa e parlamentares obteve sucesso, até o momento, ao recuperar espaço para a base bolsonarista na discussão geral sobre o coronavírus no país: desde quinta-feira (26), esse grupo - de incessante atuação em favor de Bolsonaro - acumula pouco mais de 10% do debate, percentual não observado desde o começo do mês de março.
Da mesma forma, grupo organizado de oposição político-partidária ao presidente também teve notável aumento de espaço na discussão desde o fim da última semana, chegando a pico de 25% das interações sobre o assunto na sexta-feira (27).
E, desde quinta (26), mantém-se sempre acima de 19% do debate, com novo realinhamento quanto aos atores e influenciadores: antes monopolizado pela esquerda, agora agrega também perfis como os de Ciro Gomes, Rodrigo Maia e dos governadores João Doria e Ronaldo Caiado.
A ampliação de ambos os grupos de natureza diretamente política também se deve a certo “arrefecimento” no debate do grupo intermediário, de perfis comuns, ao falar sobre a pandemia.
Ainda é o núcleo de maior volume de menções sobre o assunto e permanece em oposição a Bolsonaro, mas deixou de interagir de forma mais intensa com os atores políticos (como, por exemplo, durante os panelaços) e faz discussão mais pragmática sobre o coronavírus.
Discutem, por exemplo, questões de saúde, boletins, informativos de especialistas, repercutem histórias de quarentena e reclamam de situações cotidianas.
Outro dado importante da movimentação diária do debate no Twitter é que o volume de menções segue muito elevado: entre quinta (26) e domingo (29), somaram-se mais 19,6 milhões de menções ao assunto no Brasil, sempre com volumes superiores a 4,3 milhões de postagens/dia.