O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse na noite deste sábado (28), em live da XP, que o governo deve gastar até 5% do PIB neste ano em função da pandemia do coronavírus.

O evento online contou com as presenças do CEO da XP, Guilherme Benchimol, de Fernando Ferreira, estrategista-chefe da XP, Marcos Ross, economista-sênior da XP, além do analista político da XP Richard Back e o diretor institucional Rafael Furlanetti.

Servidores da Receita chamam Paulo Guedes de covarde. ‘Taxa grandes fortunas e lucros.

Não corte salário dos funcionários’ Coronavírus afetou e desligou até impostômetro nacional, em São Paulo ‘Vamos dar os recursos para os Estados se defenderem’ diz Paulo Guedes, sobre medidas econômicas contra coronavírus Câmara dos Deputados aprova auxílio emergencial de R$ 600 para pessoas de baixa renda.

Guedes queria R$ 200 Paulo Guedes diz que não vão faltar recursos para a saúde nem para a economia Justiça do Estado suspende auxílios e adiantamento de 13º salário, em amplo pacote de ajuste Bolsonaro tentou confiscar ventiladores pulmonares comprados pelo Recife.

TRF5 barrou iniciativa “Para o empresário, dizemos: Calma, não demita.

Nenhum brasileiro será deixado para trás.

Vamos liberar todos os recursos necessários e não deixaremos faltar liquidez na economia”, disse Guedes. “Serão cerca de R$ 750 bilhões injetados nos próximos três meses para ajudarmos todos os setores que irão precisar”, completou.

Segundo ele, o número representa de 4,8% a 5% do PIB.

A conta inclui R$ 200 bilhões em recursos do depósito compulsório que foram liberados pelo Banco Central.

Outros R$ 150 bilhões virão do BNDES e da Caixa Econômica Federal.

A antecipação do 13º salário dos aposentados e pensionistas do INSS e diferimento do pagamento do Simples por micro e pequenos empresários representam mais R$ 150 bilhões.

O auxílio de emergência aos 38 milhões de trabalhadores informais devem liberar R$ 50 bilhões.

O governo ainda vai entrar com mais R$ 50 bilhões na complementação da folha de pagamento das empresas.

A medida ainda não está pronta, mas deve sair nos próximos dias.

Além do recurso direto, o Banco Central anunciou na sexta-feira uma linha de crédito de R$ 40 bilhões para financiar a folha de pagamento das pequenas e médias companhias.

Por fim, o ministro mencionou a liberação de R$ 88 bilhões em recursos para os governadores e disse que também fará um programa para os municípios. “Ainda não anunciamos, mas vamos também rolar a dívida dos municípios”. “Vamos voar de novo” “Todos entenderão que gastamos muito, mas controlamos a trajetória dos gastos.

No ano que vem estaremos voando de novo.

Fomos atingidos por um meteoro, mas sabemos como sair.

Nesse ano mesmo vamos retomar as reformas estruturantes”, afirmou o ministro.

Paulo Guedes listou os motivos que o levam a demonstrar otimismo com os eventuais efeitos dos estímulos econômicos. “Vamos destravar todos os investimentos em saneamento, infraestrutura, privatizações, setor elétrico, cabotagem, após resolver esse problema da pandemia.

Daqui a 2, 3 meses, após essa onda, vamos dar um exemplo e sair dessa crise”, argumentou. “Vamos avançar com as reformas estruturantes e o Brasil será o primeiro a sair dessa situação, pois já estávamos decolando antes.

Lá fora, o mundo estava em desaceleração.

O mundo era um avião descendo, e o coronavírus ajudou.

Com o Brasil, não, estávamos em um momento diferente.

E vamos nos recuperar”, completou.

Guedes disse que a pressão é de 24 horas, mas que a equipe do governo tem trabalho para dar vazão aos desafios. “Estamos comprando e prontos para receber milhões de testes.

Passada essa primeira onda da saúde, que estamos controlando, estaremos preparados para a segunda.

Estamos nos aprontando para isso, mantendo aberta a produção brasileira para as prateleiras não ficarem vazias”. “Nós vamos sair melhores dessa crise.

Eu não tenho dúvida disso.

Não adianta ficar só batendo.

Não tem esquerda e direita nesse momento.

Não se iludam.

Tem muito barulho, mas à medida que formos descentralizando os recursos, vamos entender que todos vamos ganhar mais”.

Lockdown “Sabemos que se as linhas básicas de suprimento forem mantidas, a gente até consegue esticar o período de quarentena.

Não sabemos quanto tempo”, afirmou. “O período que a economia aguenta possivelmente é menor que a saúde exige”, completou. “Quando o Mandetta (ministro da Saúde) fala que os casos vão subir, ele diz que os casos ficam 3 meses lá em cima antes de cair. 30 dias todo mundo aguenta.

Segundo mês as empresas começam a abrir o bico.

Vai depender muito de como suba a nossa curva”.

Mercado de crédito “BNDES e CAIXA são 100% nossos e temos total controle sobre as operações.

Banco do Brasil é uma empresa listada, mais difícil pedir dinheiro.

De qualquer forma, o presidente do BB tem rolado as dívidas, capitalizando e empurrado tudo para a frente.” Dito isso, Guedes argumentou que espera divisão de risco com os bancos: “No caso das empresas menores, o dinheiro não está chegando.

Precisamos dar um empurrão no banco.

Vamos correr um risco.

Separamos um dinheiro no Tesouro.

Primeiro, R$ 40 bilhões.

Vamos dividir o risco com o banco.

Estamos bancando 85% do risco atualmente.

E precisamos dos bancos com o skin in the game.” “Conversa fiada” Guedes aproveitou para rechaçar os boatos em torno de sua saída do governo. “Isso é conversa fiada.

Não tem essa de eu sair.

Não vou deixar o país.

Ainda mais sabendo que eu tenho condição de ajudar.”