Por Manoel Fernandes, Diretor BITES Entre o dia 09 passado até às 18 de hoje, sexta-feira, 20, o presidente Jair Bolsonaro conquistou mais 333 mil seguidores para seus perfis oficiais no Twitter, Facebook, Instagram e Youtube, chegando aos atuais 34,5 milhões.
Ele continua sendo o político brasileiro de maior densidade digital.
Diante da crise do Covid19 pode-se imaginar que muitos que passaram a acompanhar os posts do presidente estavam atrás de informações importantes do governo sobre a pandemia, mas o conteúdo presidencial que mais chamou atenção nesse intervalo estava relacionado aos protestos do dia 15 de março.
De acordo com o Sistema Analítico BITES, o presidente produziu 320 posts nas suas contas desde o dia 09.
Um terço foi dedicado aos atos de 15 de março e alcançaram 10 milhões de interações (curtir, comentários, compartilhar e RTs).
No mesmo período, Bolsonaro fez 57 publicações – Donald Trump produziu 150 desde o dia 09 – em torno da pandemia e registrou 6,6 milhões de interações.
Do volume dedicado ao vírus, o presidente concedeu dois RTs para posts do ministro Luis Henrique Mandetta.
Foram 35 mil interações nesses textos.
Essa disparidade entre o dia 15 e a pandemia revela que a base do presidente no universo digital não demonstra a mesma aderência em assuntos que não sejam enfrentamentos diretos com a oposição ao governo.
O presidente tem a chance de mudar essa perspectiva porque seus aliados digitais serão de utilidade para a contenção de boatos e notícias falsas sobre a pandemia.
Bolsonaro encerra a semana mais crítica até aqui do Coronavírus com 1,1 milhão de associações da pandemia com o seu nome.
No contexto da pandemia, ele é o político mais citado, bem acima os governadores.
João Doria, por exemplo, foi citado 27 mil vezes nos últimos sete dias.