Após o fim do prazo dado pelo deputado federal Túlio Gadêlha para que os pedetistas deixassem os cargos na Prefeitura do Recife, nesta sexta-feira (13), as vagas do partido foram mantidas na gestão de Geraldo Julio (PSB).
Crítico dos governos socialistas, ele afirmou que só seria candidato na capital pernambucana com essa condição.
O parlamentar se reuniu com o seu grupo para discutir se retiraria seu nome da disputa.
No entanto, até esta noite, nenhuma posição havia sido anunciada.
A ala de Túlio Gadêlha avalia um ofício enviado pelo presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, sobre os pedidos do deputado.
Hoje, o partido tem a Secretaria de Habitação do Recife, com a ex-vereadora Isabella de Roldão.
Em 2018, apesar de ela ter disputado como candidata a vice-governadora na chapa de Maurício Rands (Pros), o PDT manteve cargos na gestão socialista.
Também na eleição passada, o PSB fechou um acordo com o PT que impôs um revés a Ciro Gomes.
Pelo apoio dos petistas em estados como Pernambuco, os socialistas deixaram de fechar a aliança com o PDT nacionalmente.
Para 2020, PSB e PDT formalizaram a primeira aliança nessa quinta-feira (12), em São Paulo, com o apoio dos pedetistas ao socialista Márcio França.
Em discursos, integrantes dos dois partidos sinalizaram para que o acordo se estenda a outras cidades.
No caso do Recife, o PDT está dividido entre o grupo de Túlio Gadêlha, que defende a candidatura própria, e o do presidente estadual da legenda, Wolney Queiroz, aliado do PSB.
O pai de Wolney, o deputado estadual José Queiroz, deve ser candidato a prefeito em Caruaru, no Agreste, e espera o apoio dos socialistas.