Por decreto, Paulo Câmara institucionaliza programa “Caminhos de Pernambuco” para recuperar pavimento das rodovias estaduais.
Oposição duvidou do tamanho do programa O governador Paulo Câmara (PSB) em decreto, assinado nesta terça-feira (10), institucionalizou o programa “Caminhos de Pernambuco”, que promete recuperar o pavimento das rodovias estaduais.
O programa já tinha sido lançado pelo Governo do Estado, em maio de 2019, com a promessa de mais de R$ 505 milhões em gastos até 2022.
O decreto regulamenta o programa e cria uma Comissão de Monitoramento, presidida pela Secretaria de Infraestrutura e Recursos Hídricos.
Quando o programa foi lançado, em 2019, o Governo do Estado disse que ia requalificar mais de dois mil quilômetros de estradas, só no primeiro ano do Programa.
A oposição, na Assembleia, duvidou “um pouco” do tamanho do programa.
Em outubro de 2019, o deputado estadual Wanderson Florêncio (PSC) questionou as ações do Programa Caminhos de Pernambuco. “Precisamos conferir o que está sendo feito e avaliar a qualidade do serviço, se é condizente ao preço que está sendo pago.
Por enquanto, o que vemos são verdadeiros remendos que só deixam as vias ainda mais perigosas, um descaso com o dinheiro público”, lamentou.
O parlamentar sugeriu, na época, a realização de uma blitz pela Bancada de Oposição para fiscalizar as obras já realizadas.
A sugestão foi prontamente acatada pelo líder do grupo, deputado Marco Aurélio Meu Amigo (PRTB). “Podemos ir além: devemos levar a denúncia ao Tribunal de Contas do Estado e ao Ministério Público.
Recapear asfalto com concreto não é fazer serviço mal feito, é um crime”, observou.
Outros deputados, na época, reforçaram as críticas ao programa. “O Caminhos de Pernambuco não é para recuperar as estradas, ele visa ao marketing eleitoral do PSB”, disse Antonio Coelho (DEM), na época.
Romero Sales Filho (PTB) apoiou o posicionamento dos colegas. “Fiz um pedido de informação sobre o cronograma das obras no dia 19 de agosto e, até hoje, não me enviaram nem o número do protocolo de recebimento do Governo do Estado”, reclamou Romero Sales Filho, na época.