Confira o pronunciamento oficial do governador do Estado do Ceará, Camilo Santana, sobre o fim do motim de parte da Polícia Militar.
Em Brasília, o senador Humberto Costa (PT-PE) criticou o comportamento que chamou deoportunista do ex-juiz diante do episódio e os estímulos que o governo federal deu a quem fez os motins.
Ele elogiou a condução firme dos trabalhos pelo fim do movimento ilegal feita pelo governador Camilo Santana (PT). “O que se viu foi o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, querendo tirar proveitos políticos do fim da greve da PM do Ceará, nesta segunda-feira (2). É inaceitável que Moro e o presidente da República apostem em conflitos diretos contra governadores, tentando jogar a população contra políticos de partidos da oposição sempre que se sentem acuados”. “O governo tratou o assunto de forma lamentável e irresponsável desde o início.
Agora, Moro tenta politizar o tema e colher frutos de maneira oportunista.
O governo federal tinha a obrigação de ter feito muito mais.
Eles ameaçaram, inclusive, na semana passada, retirar a Força Nacional, medida que iria deixar a população cearense totalmente desprotegida”, afirmou. “Durante o governo da presidenta Dilma Rousseff, o envio da Força Nacional para solucionar conflitos surgidos a partir de greves ilegais de funcionários da área de segurança pública era feito de forma técnica e não tinha questões ideológicas como critério.
Esse discurso de ódio contra “inimigos” promovido pelo governo Bolsonaro, que estimula até agressões a parlamentares no meio da rua, está levando o país a um buraco sem fundo”. “Durante esse motim apoiado por Bolsonaro no Ceará, uma pessoa foi morta a cada hora no estado.
Foram quase 250 mortes em nove dias.
E o presidente da República não se contenta apenas com isso.
Ele já se mostrou solidário a um outro ato atentatório, que é o movimento para fechar o Congresso e o Supremo, previsto para o dia 15 deste mês.
Neste caso, ele cometeu crime de responsabilidade”, observou. “Enquanto o governo centra forças contra governadores, o Legislativo e o Judiciário, o caos social se instaura no país, o dólar dispara, a atividade econômica retrai, o PIB indica imensa queda, as filas no INSS se multiplicam, a pobreza se alastra, o Bolsa Família encolhe e a fome volta à realidade do brasileiro”. “E o governo o que faz?
Nada.
Apenas aposta na tensão.
Presidente, o senhor pode muito, mas não pode tudo.
O senhor jurou a Constituição da República, que prevê o respeito entre os Poderes e o respeito às liberdades e garantias individuais.
A Carta Magna não prevê ameaças à sociedade e à democracia.
O senhor não vai instalar uma nova ditadura no país.
Ditadura, nunca mais”, disse.