A Prefeitura do Recife, por meio da Procuradoria Geral do Município, prestou queixa contra um internauta que divulgou em redes sociais a informação falsa de que existem “61 casos confirmados” de coronavírus no Recife.

O cidadão, residente na cidade de Jaboatão dos Guararapes, já foi localizado e irá prestar depoimento na próxima semana. “Bom e a prefeitura que ainda não divulgou os 61 casos confirmado do coronavírus no Recife e uma upa fechada vamos lá prefeito conta a realidade pra quem brincou o carnaval (SIC)”, disse o internauta.

Questionado por outro usuário da rede social sobre como tinha obtido a informação, ele respondeu apenas que trabalhava na área de saúde.

O requerimento da Procuradoria Geral do Município se baseou no artigo 41 da Lei de Contravenções Penais que tipifica como contravenção “Provocar alarme, anunciando desastre ou perigo inexistente, ou praticar qualquer ato capaz de produzir pânico ou tumulto” “A disseminação de notícias falsas tem o potencial de causar grandes danos sociais, especialmente em uma situação séria como é o momento de esforço das autoridades de saúde para a contenção e avaliação dos casos suspeitos do novo coronavírus Covid-19, em Pernambuco”, afirmou a PCR, justificando a que a medida era necessária para evitar que a disseminação desse tipo de conteúdo gere desinformação e prejudique a população.

A Prefeitura do Recife disse que desde o surgimento do primeiro caso suspeito, na última terça-feira (25), tem trabalhado em articulação com o Governo do Estado, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Ministério da Saúde.

Diariamente, as informações oficiais sobre a situação dos casos são repassadas à população.

Segundo o último boletim divulgado nesta quinta-feira (27), existem, no momento, cinco casos suspeitos de Covid-19, e um já foi descartado.

A Prefeitura do Recife reforça a importância da população seguir as orientações das autoridades de saúde. “Fake news é o principal elemento que a gente tem que combater”, diz ministro da Saúde sobre novo coronavírus A preocupação também foi manifestada pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

De acordo com o governo Federal, as informações falsas, as chamadas “Fake News”, são grandes preocupações que as autoridades em saúde estão enfrentando no combate ao novo coronavírus, no Brasil.

Logo após a confirmação do primeiro caso de coronavírus (COVID-19) no Brasil, divulgada pelo Ministério da Saúde na última quarta-feira (26), notícias falsas sobre as formas de transmissão, cuidados e prevenção da infecção, se espalharam pelas redes sociais.

O temor, segundo especialistas, é que a informação errada leve a população a adotar medidas equivocadas, ações desnecessárias e entendimentos falsos sobre o coronavírus.

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, falou sobre as “fake news”: “A fake news, a informação mal-feita, a informação precipitada; o caso do “eu acho que é”, “eu ouvi falar, dizer que alguém falou que isso aconteceu em tal lugar” hoje é o principal elemento que a gente tem que combater.

Hoje a responsabilidade das pessoas é de dar informações qualificadas.

E a gente procura - na página do Ministério, nas páginas oficiais – abastecer o máximo possível com toda a transparência.

Só há credibilidade no trabalho que nós possamos fazer para a sociedade se houver a transparência e a credibilidade na segurança das informações.” A recomendação é que, na dúvida, qualquer pessoa pode se informar sobre o coronavírus pelo site do Ministério da Saúde e, assim, ter acesso a informação verdadeira, com credibilidade.

O novo coronavírus já infectou mais de 80 mil pessoas em 47 países.

No Brasil, apenas um caso foi confirmado e outros 20 casos suspeitos estão sendo investigados.

Para se prevenir da doença, é importante lavar constantemente as mãos e cobrir o rosto com o braço ao tossir.