O senador do PDT, licenciado, Cid Gomes, continua sendo espancado pelos militares.

Não foi apenas Joel da Harpa, deputado estadual, que o culpou pelos tiros que levou. também a Associação de Cabos e Soldados de Pernambuco alvejou o irmão do ex-candidato a presidente Ciro Gomes.

Veja a ‘nota de Repúdio’ da ACS/PE “A Associação Pernambucana dos Cabos e Soldados repudia veementemente o ocorrido no último dia 19 de fevereiro, no Estado do Ceará.

Um senador da República, o Sr.

Cid Gomes, de maneira irresponsável e covarde, claramente atentou contra a vida e integridade física de pais e mães de família, bem como de CRIANÇAS, que estão buscando melhores condições de trabalho e reposição salarial, de maneira pacífica.

A atitude planejada e executada de maneira covarde do parlamentar, na tentativa de homicídio, e por que não dizer, uma tentativa de “GENOCÍDIO”, provocou uma reação de defesa por parte dos militares presentes àquela manifestação, que há cinco anos não têm sequer a reposição salarial. É bem sabido de todos que os direitos de um representante parlamentar não lhe permitem atentar contra qualquer membro da sociedade, inclusive a categoria militar.

O senador mau caráter e covarde invadiu uma Unidade Militar com um trator, uma retroescavadeira, sem qualquer autorização judicial.

A ação truculenta e desmedida adotada pelo IRRESPONSÁVEL senador CID GOMES contra os militares presentes ao local revela um sentimento de completa intransigência por parte do Governo daquele Estado, no processo de negociação com a categoria dos militares.

Esperamos que o Judiciário e o próprio Senado da República adotem as sanções previstas em lei e no regimento interno do Congresso Nacional.

Por fim, externamos aos companheiros militares Estaduais do Ceará o nosso sentimento de solidariedade e apoio incondicional.”, escreveu a entidade.

Defesa do senador Cid Gomes Quem saiu em defesa do senador do Ceará foi o militante do PDT local Pedro Joseph.

Em uma nota, ele disse que as declarações de Joel da Harpa denotavam pouco apreço à constituição e ao Estado de Direito. “Tais condutas deveriam gerar repúdio de qualquer cidadão, sobretudo, alguém investido em cargo político, que deveria respeitar a Constituição, segundo a qual é proibida a greve de militares, e à justiça, que já havia determinado a suspensão daquelas ações.

Neste momento, um homem público deveria se solidarizar e não desvirtuar o conceito de legítima defesa, que só se ocorre quando alguém é vítima de violência injusta, hipótese nao configurada porque quem estava em atos ilícitos eram os encapuzados amontinados”, afirmou Pedro Joseph. “Havia uma mesa de negociação estabelecida com o Governo Estadual, com a participação do Ministério Público, de parlamentares da oposição e líderes das corporações, que resultou em avanços e conquistas significativas para toda a tropa.

Todavia, minoria dissidente, insuflada por interesses partidários, iniciou a esvaziar pneus de viaturas, impedir que policiais trabalhassem normalmente, a coagir comerciantes e a população a não saírem de suas casas, tudo isto encapuzados, sem a farda, usando veículos e armas da Polícia Militar.

Além disto, realizaram montins e bloqueios em batalhões, provocando e disseminando o caos”.