Além da queda, o coice Por Luciano Siqueira, vice-prefeito do Recife pelo PCdoB Há pouco mais de três anos, as forças mais reacionárias do país, na ocasião envolvendo parcelas do chamado centro político levadas pelo equívoco e pela precipitação, promoveram o golpe que afastou a presidenta Dilma e em outubro de 2018 levaram à presidência da República o ex-capitão Jair Bolsonaro.
No período, a crise que afeta praticamente todas as esferas da sociedade brasileira só tem se agravado.
O presidente repete a todo instante que nada entende de economia e com isso justifica os plenos poderes concedidos ao “Chicago boy” Paulo Guedes para implementar o receituário ultraliberal.
A contenção de gastos públicos, em nome de um pretendido equilíbrio fiscal, é elevada a condição de panaceia supostamente capaz de resolver todos os nossos problemas.
Entretanto, os agrava.
Neste instante de extremo sofrimento de parte da população de Minas Gerais, Espírito Santo e Santa Catarina, em decorrência do volume de chuvas, transbordamento de rios e alagamento de cidades inteiras e de caos urbano, vem à tona a informação de que o governo Bolsonaro restringiu a um terço os gastos a prevenção de acidentes e estados de calamidade desse tipo.
Segundo a Folha de São Paulo, os gastos do governo nessa área é o menor dos últimos 11 anos!
E a previsão orçamentária para este ano é de cortes ainda mais acentuados.
Um subproduto dramático de uma linha de governo fundada principalmente nos interesses externos, do sistema financeiro e do agronegócio exportador.
Além de subtrair direitos e incrementar a precarização das relações de trabalho e aprofundar o desemprego estrutural, o governo fecha os olhos às necessidades básicas da população no que requerem serviços públicos.
Com o se diz comumente: além da queda, o coice.
O Brasil em rumo equivocado, o povo empobrecido e desassistido.