O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, tentou desconversar nesta segunda-feira (27) sobre a possibilidade de ser indicado para a vaga de Celso de Mello, que será aberta no segundo semestre no Supremo Tribunal Federal (STF).

Apesar disso, sinalizou que aceitaria o cargo.

Em entrevista no programa Pânico, na rádio Jovem Pan, disse não gosta de “discutir vaga quando a vaga não existe”. “É uma perspectiva que pode ser interessante, natural na minha carreira, venho da magistratura.

Mas a escolha é do presidente”, afirmou, no entanto.

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O presidente só vai fazer escolha no momento apropriado”, disse Moro. É de Jair Bolsonaro (sem partido) a responsabilidade de indicar o ministro que vai suceder o decano da Corte.

O nome apontado por ele deverá também ser aprovado pelo Senado Federal.

Em maio, Bolsonaro chegou a afirmar que tinha um compromisso com Moro para indicá-lo para o Supremo.

Dias depois, porém, voltou atrás e disse que não houve acordo.

Moro também negou que tenha estabelecido condições para assumir o cargo no governo federal.

Juiz federal que ficou conhecido pelos casos da Operação Lava Jato, em que condenou políticos como o ex-presidente Lula (PT), Moro deixou a magistratura para entrar no governo, convite que aceitou em novembro de 2018.