Mesmo depois de o governador Paulo Câmara ter dito que não vai dar aumento de passagens para as empresas de ônibus, neste ano, a Frente de Luta pelo Transporte Pública prometeu manter a realização de um ato contra o aumento das passagens nesta segunda-feira (20). “Nesta segunda-feira, iremos fazer um ato contra o aumento das passagens, contra a demissão dos cobradores e a dupla função dos motoristas e pela implementação da tarifa única com fim dos anéis B e G.” Os militantes reclamam que, nos últimos anos, os aumentos das tarifas foram acima da inflação, do IPCA e do reajuste do salário mínimo, sem melhoria concreta para a população. “Pelo contrário, o BRT está sucateado, os Terminais Integrados abandonados, não houve implementação da tarifa única, da integração temporal e muito menos do SIMOP.
Sem contar a quantidade de veículos avariados, a insegurança e as demissões de cobradores com o exercício da dupla função pelos motoristas”, argumentam.
Eles fazem críticas ao governo e empresas. “A URBANA e os empresários de ônibus fazem o que querem com a povo, mantém frota velha nos bairros da periferia, estocam ônibus novos nas garagens, reduzem a quantidade de veículos, não cumprem os horários de viagens, substituem os BRTs por ônibus simples, mantém o controle na bilhetagem eletrônica e confiscam os créditos do VEM.
Por outro lado, a licitação das linhas de ônibus completa 7 anos sem nenhuma resolução, pois apenas parte dos lotes foram assinados e 75% do sistema é operado por meio de permissão, sob a leniência dos órgãos de controle.” “Nesse cenário onde a caixa-preta do transporte para constatar os lucros dos empresários nunca foi aberta, contando assim com a negligência e anuência do Governo do Estado, não resta alternativa para a população que não seja a pressão social”, afirmam em nota oficial, ao lado de críticas ao governador do Estado. “O Governo do Estado nunca exigiu ou fez os relatórios de qualidade das empresas de ônibus, que precisariam atingir notas satisfatórias para continuarem a operar no Sistema.
O Governador Paulo Câmara prometeu tarifa única e integração temporal, quando ainda era secretário da Fazenda, mas inexiste qualquer avanço nestas duas agendas.
Vale a máxima: as empresas fingem que prestam um bom serviço e o Estado finge que fiscaliza”.