O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), foi apontado em um relatório da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) como autor de 58,17% dos casos de agressões verbais e ameaças diretas a jornalistas em 2019.

Em resposta ao levantamento, pelo Twitter, ele se resumiu a publicar uma risada. - KKKKKKKKKKKKKKK. pic.twitter.com/i5DxO9E7W7 — Jair M.

Bolsonaro (@jairbolsonaro) January 19, 2020 LEIA TAMBÉM » ‘Bolsonaro é inimigo da democracia e vai ser engolido pela história’, rebate ABI, em defesa dos jornalistas » Bolsonaro evita coletiva porque imprensa não divulgou dado errado sobre palestras » Opinião: Bolsonaro e sua circunstância De acordo com o relatório, o número de casos de descredibilização da imprensa e agressões a profissionais da área aumentou 54,07% no primeiro ano do governo Jair Bolsonaro.

Os políticos foram apontados como autores de 69,23% dos casos.

De acordo com a Fenaj, sozinho, o próprio presidente foi o responsável pelos 114 casos de tentativa de descredibilização da imprensa e por sete agressões diretas. “A postura do presidente da República – ou melhor, a falta dela – mostra que, de fato, a liberdade de imprensa está ameaçada no Brasil.

O chefe de governo promove, por meio de suas declarações, sistemática descredibilização da imprensa e dos jornalistas.

Com isso, institucionaliza a violência contra a imprensa e seus profissionais como prática de governo”, afirma a presidente da entidade, Maria José Braga, no documento. “Bolsonaro também utiliza o poder do seu cargo para tomar medidas que visam enfraquecer financeiramente as empresas de comunicação e a organização dos trabalhadores jornalistas.

Entre as ações, está a Medida Provisória 905/2019, que prejudica a classe trabalhadora como um todo e a categoria dos jornalistas, em especial, ao eliminar a exigência do registro profissional”.