Entre os recifenses que fizeram o Enem em novembro do ano passado, a maioria avalia positivamente a política de cotas para a entrada nas universidades e defende o aborto como um direito da mulher. É o que aponta uma pesquisa realizada pelo instituto Radar NE.
Além disso, mais da metade discorda que o porte de armas deve ser liberado e que os direitos humanos atrapalham o crime, ou que o Bolsa Família desestimula o trabalho.
Esses temas fazem parte da pauta de costumes debatidas atualmente.
LEIA TAMBÉM » Jovens que fizeram Enem no Recife estavam muito pessimistas e achavam que corrupção é problema maior que desemprego Foram apresentadas frases e os participantes do Enem responderam se concordavam ou não.
Dos entrevistados, 78% concordam que “dois homens podem se beijar na rua sem serem importunados”, 20% discordam e dois por cento não responderam.
Setenta e seis por cento consentiram que “dotas são uma boa medida para fazer com que os negros entrem na universidade”, 22% discordam com a política de cotas e 2% não responderam.
Entre os que foram questionados sobre “fazer aborto deve ser um direito da mulher”, 61% concordaram, 36% discordaram e 3% não responderam.
Foi feita também uma pergunta sobre a pena de morte.
Quarenta e sete por cento responderam que concordam que ela deve ser aplicada para punir crimes graves e 51% discordam.
Sobre o Bolsa Família, 30% responderam que concordam que o programa estimula as pessoas a não trabalharem, enquanto a maioria, de 68%, discorda.
Em relação ao porte de armas, 76% afirmaram que discordam da afirmação de que “o cidadão de bem deve ter o direito de portar uma arma”.
Foram entrevistadas pelo Instituto Radar NE 524 pessoas ao deixarem os locais de provas, nos dias 3 e 10 de novembro de 2019, quando o exame foi aplicado.
A margem de erro da pesquisa é de 4% e o intervalo de confiança é de 95%.