Em termos percentuais, os municípios do Sertão finalizaram 2019 com a retração mais contundente na soma dos homicídios.

A variação atingiu -19,21%, pois os crimes violentos contra a vida diminuíram de 484 para 391.

Nessa região, tampouco houve CVLI durante seis dias de dezembro: 2, 3, 5, 9, 17 e 26.

O segundo destaque é a Região Metropolitana (excluindo-se o Recife), que aparece com -18,42% ao cair de 1.238 para 1.010 casos.

A capital, sozinha, alcançou -17,97%, enquanto no Agreste o índice retrocedeu 15,42% (de 1.057 para 894).

Por fim, a Zona da Mata obteve -14,5%, por ter decrescido de 793 para 678.

Isoladamente em dezembro último, o declínio mais acentuado nos homicídios pertence à capital, com -25,59% na comparação com o mês final de 2018.

Os CVLIs caíram de 51 para 38.

Na Zona da Mata, a diferença é de -6,15% (de 65 para 61).

O Agreste marcou -2,7%, uma vez que saiu de 74 para 72, e o Sertão manteve o número de 35 vítimas.

Apenas a área metropolitana verificou aumento - de 6,1% - nesses 31 dias, ao sair de 82 para 87. Áreas integradas têm as menores taxas por 100 mil habitantes No recorte das Áreas Integradas de Segurança (AIS) do Estado, quatro delas lograram a menor taxa de mortes violentas por 100 mil habitantes desde 2004.

A AIS 1, abrangendo Santo Amaro e mais dez bairros do Recife, chegou ao índice de 46,1, enquanto a AIS 6 (Jaboatão dos Guararapes e Moreno, na RMR) teve 41,62.

Na sequência, a AIS 10 (Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca) atingiu 60,25.

E a AIS 22, composta por Floresta e outros sete municípios, teve taxa de 18,4.

Já as AIS 18 (sede em Garanhuns) e 24 (região de Ouricuri), obtiveram o segundo melhor índice da série histórica, com 29,73 e 16,84, respectivamente.

Tráfico e outros crimes lideram motivações das mortes Seguindo a tendência de outros anos, em todo 2019 cerca de dois terços (66,68%) dos homicídios tiveram relação com o tráfico de entorpecentes e outras atividades criminosas.

A segunda maior causa de CVLIs são os conflitos na comunidade, que corresponderam a 16,62% dos casos.

Depois, os conflitos afetivos ou familiares, excetuando-se os feminicídios, estiveram ligados a 3,98% dos crimes.

Com percentual próximo, os latrocínios foram associados a 3,87% das notificações.

Os casos considerados excludentes de ilicitude foram 3,43%.

Motivações diversas tiveram a ver com 2,02% dos registros, enquanto 1,76% permaneceram com causas a definir.

Por fim, os feminicídios foram 1,64% do universo analisado.