O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) evitou comentar o ataque dos Estados Unidos que matou um general iraniano no Iraque.

Em entrevista nesta sexta-feira (3), ao deixar o Palácio da Alvorada, em Brasília, afirmou que teve informações sobre o caso, mas que ainda vai conversar com os ministros. “Vou encontrar com general [Augusto] Heleno [chefe do Gabinete de Segurança Institucional] e daí vou poder emitir meu juízo de valor”, disse.

Bolsonaro disse que tentou conversar com o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, e o ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre os possíveis impactos do ataque ao preço dos combustíveis. “Não consegui, vou tentar a caminho do hospital”, disse.

O presidente vai visitar a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, que fez uma cirurgia para substituir próteses de silicone. “Que vai ter impacto, vai”, afirmou, porém. “Não posso tabelar nada”. #BolsonaroFicaCalado Após o ataque dos Estados Unidos, o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, afirmou que uma “retaliação severa está aguardando” Washington.

No Twitter, duas hashtags estavam entre os assuntos mais comentados: #BolsonaroFicaCalado e #BolsonaroFicaQuieto, com memes e pedidos para que Bolsonaro, não saia em defesa de Donald Trump, de quem é aliado.

As publicações no Twitter fazem referência à relação entre Brasil e Estados Unidos após a posse de Bolsonaro, há um ano.

O presidente brasileiro buscou uma aproximação com Trump e defendeu a reeleição dele.

Apesar disso, o norte-americano anunciou que iria restaurar tarifas ao aço e ao alumínio exportados pelo Brasil e pela Argentina, acusando os dois países de manipular a política cambial.

O País ainda não conseguiu também o apoio dos EUA à entrada na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).