A quebra de braço entre vereadores de oposição e o prefeito do Cabo, Lula Cabral, por conta de um pedido de autorização para tomar um empréstimo de R$ 93 milhões em favor do município, teve mais um capitulo de sua novela nesta tarde de sexta.

Os vereadores obtiveram uma nova decisão judicial para barrar a sessão em que seria votada a autorização, na Câmara Municipal, no dia 31, último do ano. “Vamos continuar na luta.

O prefeito do Cabo, não tem condições éticas e morais para gerir esses recursos e não vamos permitir mais um saque aos cofres públicos do nosso município.

Continuaremos vigilantes e firmes em defesa de nossa Cidade e na proteção dos recursos públicos.

Na luta sempre” escreveu nas redes sociais o vereador Professor Arimatéia, pré-candidato a Prefeito do Cabo pelo PSDB.

Antecedentes Após a suspensão da sessão que estava marcada para a segunda-feira (23), por determinação judicial, a Câmara Municipal do Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife, marcou uma nova reunião extraordinária para votar a autorização para que a prefeitura negocie um empréstimo de R$ 90 milhões.

A votação agora estava marcada para a próxima terça-feira, 31 de dezembro, às 10h.

Os vereadores estão em recesso parlamentar.

Na semana passada, o vereador José de Arimateia (PSDB), já havia avisado que a oposição iria voltar a judicializar a questão. “O regimento não foi cumprido mais uma vez.

A sessão pode ser convocada pelo prefeito, quando do interesse do prefeito; pelo presidente da Câmara, quando é do interesse da Câmara; e por uma convocação coletiva por maioria de 12, é a autoconvocação, e ele fez a publicação apenas com cinco assinaturas”, disse o tucano.

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Os opositores, então, entraram com um mandado de segurança alegando que não foi cumprido o prazo de 72 horas para a convocação e a divulgação da pauta.

A liminar de então foi concedida.

A convocação para o dia 31 de dezembro foi publicada no Diário Oficial da terça-feira (24), com os nomes dos 17 vereadores do Cabo: Amaro Honorato da Silva (PRP); Augusto César da Cunha Paiva (PSC); Carlos José Mendes da Silva, o Galego da Farmácia (PSB); Everaldo Cabral de Oliveira Júnior (PRP); Ezequiel Manoel dos Santos (PT); Flávio Átila da Silva Leite, o Flávio do Fórum (PSB); Gessé Valério de Oliveira (PR); Jefferson Marcos Bezerra (PCdoB); José de Arimateia (PSDB); José Domingos dos Santos (PSC); José Feliciano de Barros Júnior (PMN); Maria Tereza Claudina de Araújo Silva (PTC); Mário Anderson da Silva Barreto, o Anderson Bocão (PSB); Neemias José Silva (PV); Ricardo Carneiro da Silva (SD); Ronaldo Francisco de Souza (sem partido); e Vicente Mendes Silva Neto (PDT), presidente da Casa.

Assinado pelo prefeito Lula Cabral (PSB) em 18 de outubro, três dias depois que ele retornou à gestão, o projeto chegou a ser votado em novembro, mas houve divergências entre os apoios contabilizados pela base do socialista e pela oposição.

O caso foi judicializado pela oposição e, cerca de dez dias depois, o resultado da sessão foi suspenso.

No último dia 10, a liminar foi derrubada, permitindo que os vereadores voltassem a discutir o assunto.

Se a proposta for aprovada, o crédito será negociado pela administração municipal com a Caixa Econômica Federal, através do Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (Finisa).

Os planos elaborados são para serviços como pavimentação, drenagem e iluminação, nas praias de Gaibu e Enseada dos Corais, além de quatro áreas em Ponte dos Carvalhos.