Vice-presidente nacional do PSB, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), afirmou nesta segunda-feira (23), em entrevista à Rádio Jornal, que espera que o partido não adote ainda medidas contra o ex-governador da Paraíba Ricardo Coutinho, alvo da Operação Calvário, e espere o processo. “É um ex-governador que respeito, foi solidário conosco e está passando por muita dificuldade.
Vou defender no âmbito do PSB que aguarde”, disse.
Coutinho é um dos principais nomes do PSB no Nordeste e é presidente da Fundação João Mangabeira, do partido.
Em entrevista ao UOL, o ex-governador negou irregularidades e afirmou ser alvo de perseguição. “Estamos em meio a uma guerra violenta.
Não é só comigo.
Eu estou sendo massacrado.
Essa construção de narrativas não visa somente me atacar.
Existe um claro mapeamento sobre o partido e sobre o nosso grupo de militantes”, disse.
Paulo Câmara afirmou que “não dá para pré-julgar”. “O governador já se manifestou dizendo que é inocente”, disse.
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Nos estados vizinhos, enquanto Paulo Câmara estava no primeiro mandato, Coutinho cumpria o segundo.
Foto: Filipe Jordão/JC Imagem - Foto: Filipe Jordão/JC Imagem Foto: Filipe Jordão/JC Imagem - Foto: Filipe Jordão/JC Imagem Foto: Filipe Jordão/JC Imagem - Foto: Filipe Jordão/JC Imagem Foto: Filipe Jordão/JC Imagem - Foto: Filipe Jordão/JC Imagem Foto: Filipe Jordão/JC Imagem - Foto: Filipe Jordão/JC Imagem Foto: Filipe Jordão/JC Imagem - Foto: Filipe Jordão/JC Imagem Foto: Filipe Jordão/JC Imagem - Foto: Filipe Jordão/JC Imagem Foto: Filipe Jordão/JC Imagem - Foto: Filipe Jordão/JC Imagem O ex-governador da Paraíba foi preso na última quinta-feira (19), ao retornar ao país dois dias após a deflagração da Operação Calvário.
O socialista foi solto no sábado (21), por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que analisou ser desnecessária a prisão preventiva dele.
Ricardo Coutinho foi apontado pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) como líder de uma suposta organização criminosa.
São investigados contratos da área de saúde, em que teria havido desvio de recursos.
A operação tem como base depoimentos de dois delatores, a ex-secretária Livânia Farias e o empresário Daniel Gomes, que estava à frente da filial da Cruz Vermelha Brasil no Rio Grande do Sul e do Instituto de Psicologia Clínica, Educacional e Profissional (Ipcep).
As investigações apontaram supostos desvios de pelo menos R$ 134,2 milhões.
Segundo a Polícia Federal, que cumpriu os mandados de prisão, mais de R$ 120 milhões teriam sido destinados a agentes políticos e às campanhas eleitorais de 2010, 2014 e 2018.