O governador Paulo Câmara (PSB) defendeu nesta segunda-feira (23), em entrevista à Rádio Jornal, que as obras da Ferrovia Transnordestina não sejam concluídos pela atual concessionária.
O socialista apontou também que pode ser uma solução a divisão estudada pelo governo federal, de retirar o trecho pernambucano do contrato atual. “Vejo com muito pessimismo esse processo ser concluído pela atual concessionaria.
Só começou a se movimentar agora porque o ministro deu uma apertada grande e necessária”, afirmou. “Essa solução que foi pensada talvez para Pernambuco seja até melhor”.
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O trecho pernambucano, de Salgueiro ao Porto de Suape, ficaria com outra empresa, que construiria o ramal e depois exploraria o serviço.
Na Rádio Jornal, na última sexta-feira (20), o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), afirmou que inicialmente seria a Valec, empresa pública vinculada ao ministério, a responsável.
Hoje, a Transnordestina Logística S.A (TLSA), controlada pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), cuida de todos os trechos.
A divisão seria uma forma de reduzir as obrigações de investimentos da empresa.
A ferrovia, para ligar o interior do Piauí aos portos de Pecém (CE) e Suape (PE), começou a ser construída em 2006.
Em dez anos, foram construídos cerca de 600 quilômetros dos 1.752 planejados.
Como mostrou o Jornal do Commercio, com metade dos trilhos assentados em cima do barro.
As obras foram paralisadas em 2017 e já andavam de forma lenta desde três anos antes.
A construção foi retomada em 2019, após o governo federal ameaçar declarar a caducidade do contrato.