O governo estadual avalia a possibilidade de abrir o capital da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), mas mantendo o controle acionário.

A informação é do governador Paulo Câmara (PSB), que também negou, em entrevista à Rádio Jornal nesta segunda-feira (23), a privatização.

Para o socialista, o governo precisa participar dos projetos da companhia devido ao aspecto social do serviço. “Se entregar uma companhia estratégica, quem vai garantir que a água vai chegar onde não dá lucro?”, questionou. “Precisa de um estado regulatório que hoje o Brasil não tem”.

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Vai ser melhor gerido se for por um parceiro privado”, explicou Paulo Câmara.

Apesar disso, o governador afirmou que gestão tem buscado um ponto de equilíbrio: segundo o socialista, em 2016, os aportes eram de R$ 1,6 milhão mensais, em média, enquanto em 2019 caíram para R$ 700 mil.

Como mostrou o Jornal do Commercio, no ano passado, o estádio custou R$ 10,9 milhões ao governo e obteve receita de R$ 3,5 milhões, gerando um déficit de R$ 7,4 milhões.