Apesar de dizer que está “cumprindo uma missão” e que ocupar a presidência da República é um “tremendo sacrifício”, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) admitiu que pode disputar a reeleição em 2022.
Em entrevista ao programa Poder em Foco, exibida pelo SBT nesse domingo (22), minimizou ainda a participação do ex-presidente Lula (PT) nas eleições, seja como candidato ou não. “Lula já está condenado em segunda instância, não vai poder disputar as eleições.
E ele não é cabo eleitoral para mais ninguém”, frisou. “Lula já é uma carta fora do baralho”.
LEIA TAMBÉM » Bolsonaro diz ter interesse no Recife para as eleições de 2020 No ano passado, quando Bolsonaro venceu as eleições com 55,13% dos votos, a candidatura de Lula, que estava preso, foi barrada pela Justiça Eleitoral.
Pelo PT, Fernando Haddad obteve 44,87%.
A diferença entre os dois foi de cerca de 10 milhões de votos.
Lula foi libertado no dia 8 de novembro, um ano e meio após ter sido preso.
A soltura do ex-presidente foi após o Supremo Tribunal Federal (STF) mudar o entendimento sobre a prisão depois da condenação em segunda instância e considerá-la inconstitucional. “Se tivesse uma boa reforma política, poderia abrir mão da minha reeleição.
Diminuir o número de parlamentares e de 513 deputados passar para 300 e de 81 senadores para 50 mais ou menos, por exemplo, seria uma boa reforma.
Como isso não vai acontecer, se eu estiver bem, disputo reeleição”, afirmou Bolsonaro. “É um tremendo sacrifício, pelo amor de deus, se alguém acha que estou soltando fogos e feliz da vida, estou cumprindo uma missão”. “Posso não ser o melhor presidente do Brasil, mas sou aquele que comete menos pecados”, disse ainda. ?
Na entrevista, Bolsonaro voltou a defender o voto impresso. “Não podemos continuar nessa suspeição de possível fraude nas eleições”, afirmou.
Desde 1996, quando a urna eletrônica foi implantada, nunca foi registrado nenhum caso de fraude no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).