O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) citou o Recife como uma das capitais em que pretende tentar impulsionar a campanha de um aliado nas eleições de 2020.

Em entrevista ao programa Poder em Foco, exibida pelo SBT nesse domingo (22), Bolsonaro admitiu que não deve conseguir criar o Aliança pelo Brasil até março, prazo limite para que a sua sigla entre na disputa, mas afirmou que pode subir no palanque de apoiadores. “São Paulo nos interessa, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife”, disse o presidente.

Bolsonaro também enfatizou ter uma boa relação com o prefeito de Salvador, ACM Neto, do Democratas, que está no segundo mandato na capital baiana.

No Recife, uma possibilidade é o atual presidente da Embratur, Gilson Machado Neto.

No entanto, outros nomes da oposição ao PSB, que hoje governa a cidade e o Estado e diverge do governo Bolsonaro, são colocados, como o ex-ministro Mendonça Filho, por exemplo. ?

Apesar de não ter nenhum dos governadores do Nordeste como aliado nem ter conseguido ser o mais votado em nenhum dos estados, Bolsonaro frisou que venceu em cinco das nove capitais da região.

O resultado foi no primeiro turno.

No segundo, Fernando Haddad (PT) conseguiu virar no Recife e em Aracaju (SE) e Bolsonaro manteve a maioria dos votos em João Pessoa (PB), Maceió (AL) e Natal (RN).

Aliança pelo Brasil “Eu acho difícil nosso partido estar em condições de disputar as eleições, mas seria até bom, do fundo do coração, eu não participar, porque eleições municipais são muito desgastantes.

Você arranja muito mais inimizades do que amizades e eu tenho mais dois anos para governar o Brasil”, admitiu o presidente na entrevista.

Apesar disso, afirmou que pode tentar ajudar nas campanhas. “Havendo alguma relação entre eu e aquele candidato, não sendo de esquerda e havendo interesse dele, eu posso subir no palanque”.