O deputado Silvio Costa Filho (Republicanos) apresentou o Projeto de Lei 6523/2019, que prevê o décimo terceiro para as crianças afetadas pelo Zika Vírus.
O deputado disse que o objetivo era proteger as crianças que tiveram seu desenvolvimento comprometido pelas sequelas da microcefalia e auxiliar as famílias.
Nesta terça-feira, a Câmara dos Deputados já havia aprovado a Medida Provisória 894/19, que prevê o pagamento de pensão mensal vitalícia, no valor de um salário mínimo para criança acometidas com a Síndrome Congênita do Zika Vírus. “A MP é um grande avanço, mas o benefício deve ser concedido a todas as crianças com microcefalia, sem exceção, garantindo ainda o recebimento do 13º.
A maioria das mães dessas crianças são jovens e residem em áreas de extrema vulnerabilidade.
Mais de 76% delas foram, inclusive, abandonadas por seus maridos ou companheiros diante das dificuldades.
O benefício é imprescindível para garantir o mínimo de condições a essas crianças”, afirmou. “A aprovação da pensão vitalícia foi o primeiro passo.
A proposta é muito importante para as crianças, mas sobretudo para as mães, que foram abandonadas e não conseguem trabalhar para sustentar a família.
Precisamos avançar ainda mais é garantir a qualidade de vida das crianças.
Por isso, estamos propondo a criação do décimo terceiro.
Nosso objetivo é proteger as crianças que tiveram seu desenvolvimento comprometido pelas sequelas da microcefalia e auxiliar as famílias.
Vamos continuar trabalhando em defesa dessas crianças, que precisam de atenção de todos nós”, afirmou.
A epidemia de Zika vírus atingiu o Brasil com grande intensidade a partir de 2015.
Em Pernambuco, um dos estados mais atingidos, foram registrados, em 2015, 1.378 notificações e 372 casos confirmados.
A incidência das notificações reduziram nos anos seguintes, sofrendo queda de 0,5% em 2017.
Neste ano, apenas 2 casos foram confirmados pela Secretaria de Saúde do Estado.
Segundo o Ministério da Cidadania, atualmente mais de 3 mil crianças com microcefalia, nascidas entre 1º de janeiro de 2015 e 31 de dezembro de 2018, são beneficiárias do BPC.