A cúpula do Partido dos Trabalhadores saiu em defesa do ex-governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), alvo de mandado de prisão preventiva na Operação Calvário - Juízo Final, deflagrada na manhã desta terça-feira (17) pela Polícia Federal.
O PT apontou “espetacularização política e midiática” na ação.
Coutinho é acusado de chefiar uma suposta organização suspeita de desviar recursos da saúde e da educação na Paraíba.
O ex-governador está fora do país e não foi preso.
LEIA TAMBÉM » Ex-governador da Paraíba Ricardo Coutinho é alvo de mandado de prisão » Governador da Paraíba é alvo de busca e apreensão em operação da PF » Em nota, PSB defende inocência do ex-governador da Paraíba “Uma investigação que deveria se revestir de sobriedade e objetividade foi mais transformada em prejulgamento na mídia, apesar da fragilidade técnica e jurídica da medida cautelar que decretou as prisões”, afirma a nota do PT. “Causa espanto, por exemplo, a ordem de inclusão do nome de Coutinho na lista de alertas da Interpol, ato que não encontra qualquer justificativa na conduta do ex-governador”.
Por estar no exterior, a Polícia Federal pediu a inclusão do nome dele na difusão vermelha da Interpol.
A nota é assinada pela presidente nacional do partido, Gleisi Hoffmann, além dos líderes do partido no Senado, Humberto Costa (PE), e na Câmara, Paulo Pimenta (RS), e do presidente estadual da sigla na Paraíba, Jackson Macedo.
Ricardo Coutinho com Dilma Rousseff e Lula em viagem a Monteiro, em 2017 (Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação) - Ricardo Coutinho com Dilma Rousseff e Lula em viagem a Monteiro, em 2017 (Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação) Rui Costa, Ricardo Coutinho, Fernando Haddad, Paulo Câmara e Wellington Dias (Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação) - Rui Costa, Ricardo Coutinho, Fernando Haddad, Paulo Câmara e Wellington Dias (Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação) Ricardo Coutinho com Fernando Haddad e João Azevêdo em 2018 (Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação) - Ricardo Coutinho com Fernando Haddad e João Azevêdo em 2018 (Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação) Pelo Facebook, Ricardo Coutinho disse ter sido surpreendido pela decisão judicial e alegou inocência.
O ex-governador afirmou que vai antecipar a volta da viagem. “Sempre estive à disposição dos órgãos de investigação e nunca criei obstáculos a qualquer tipo de apuração”, afirmou. “Acrescento que jamais seria possível um Estado ser governado por uma associação criminosa e ter vivenciado os investimentos e avanços nas obras e políticas sociais nunca antes registrados”.
Presidente do PSB na Paraíba e da Fundação João Mangabeira, Coutinho foi um dos socialistas que permaneceram aliados do PT quando o seu partido decidiu apoiar Aécio Neves (PSDB) no segundo turno das eleições de 2014.
Quando o ex-presidente Lula (PT) foi solto, em novembro, gravou um vídeo com ele criticando o governo Jair Bolsonaro (sem partido).
Eu tenho certeza de que vou viver pra voltar a ver o Nordeste sorrir, @realrcoutinho. pic.twitter.com/j9PZzdKk3i — Lula (@LulaOficial) November 12, 2019