O governador da Paraíba, João Azevêdo (sem partido), foi um dos alvos dos 54 mandados de busca e apreensão cumpridos pela Polícia Federal no âmbito da Operação Calvário - Juízo Final, deflagrada nesta terça-feira (17).
O antecessor de Azevêdo na gestão estadual, Ricardo Coutinho (PSB), teve a prisão preventiva decretada e, por estar fora do país, não foi preso e é considerado foragido.
Azevêdo foi secretário no governo Coutinho na Paraíba e teve o ex-governador como principal cabo eleitoral no ano passado.
O mandado de busca e apreensão contra João Azevedo foi expedido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
No entanto, o processo está em segredo de justiça.
Ricardo Coutinho com Fernando Haddad e João Azevêdo em 2018 (Foto: A Operação Calvário, que está na sexta fase, investiga supostos desvios em contratos do Governo da Paraíba na área de saúde.
A primeira fase foi em dezembro de 2018, com alvo em contratos entre a filial Cruz Vermelha Brasil no Rio Grande do Sul e unidades de saúde na Paraíba.
Em março, a então secretária de Administração da Paraíba, Livânia Farias, foi presa.
Segundo a PF, nesta fase o valor chegou a R$ 134,2 milhões, dos quais mais de R$ 120 milhões teriam sido destinados a agentes políticos e às campanhas eleitorais de 2010 e 2014, quando Ricardo Coutinho foi eleito, e 2018, que teve a vitória de João Azevêdo.
Além dos dois políticos, duas deputadas estaduais e uma prefeita estariam entre os alvos da operação.
Os mandados foram cumpridos Paraíba, no Rio Grande do Norte, no Rio de Janeiro, em Goiânia e no Paraná.
Nesta fase da investigação, são investigados contratos que teriam sobrepreço nos hospitais de Trauma, em Mamanguape, e Metropolitano, em Santa Rita.
A PF apura o suposto pagamento de vantagens indevidas para evitar a fiscalização do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba, além de uso eleitoral das unidades de saúde.
O Blog de Jamildo não obteve retorno do Governo da Paraíba e do PSB da Paraíba.